Primeiro foi o ICQ que ensaiou um revival neste ano, ao tentar repetir seu sucesso de 10 anos atrás no Brasil com uma versão integrada à rede sociais como Twitter, Facebook, YouTube e Flickr. Dessa vez, quem também aparece recauchutado é o Messenger, justamente o comunicador instantâneo mais popular do País – conhecido popularmente por MSN.
A nova versão do programa deixa claro qual é a mensagem da Microsoft: exibir-se renovada, principalmente em razão do crescimento do Facebook (quase 500 milhões de pessoas cadastradas no mundo), Twitter e de ferramentas do Google que, integradas, tem programas de bate-papo. Segundo a Microsoft, o Messenger tem 45 milhões de usuários brasileiros.
O Virgula testou o novo Messenger, atualmente em fase beta. Veja o que achamos.
Apenas Windows Vista e 7
O programa, no momento, funciona apenas nos sistemas operacionais Windows Vista e 7. Após baixá-lo, ele pergunta sobre como você quer manter a privacidade de seus dados na rede e se deseja integrar-se a outras redes sociais.
Apesar de dizer que irá funcionar com o Blogger e Flickr, só tinham opções para conectá-lo com o Facebook e MySpace. E nada de Orkut.
Ao se logar agora, em vez de aparecer aquela barra vertical, com todos os seus contatos, ela surge em uma nova janela. Os contatos ficam espremidos no canto direito, em duas colunas, enquanto 80% da tela serve para exibir a atualização do feed de notícias de seus amigos.
À primeira vista, a novidade agradou, principalmente pela integração com o Facebook. Bastante prático ver vídeos, fotos e sugestões de links sem precisar entrar na rede social – pode-se deixar recados, inclusive, via Messenger. Dá para selecionar as atualizações em destaque, as mais recentes ou visualizar apenas as fotos e links. Só a distribuição dessas informações que ficou com uma diagramação estranha.
Aqui dá para notar o quanto o Messenger irá pegar carona na popularidade das outras redes sociais. Nos testes, ficou claro como pouca gente usa os serviços do Live Messenger – as únicas atualizações eram de meras mudanças de status (aquelas frases chatas que as pessoas põem em seus perfis do MSN). Para tentar corrigir isso, o programa está mais integrado à ferramentas como o Movie Maker e a Galeria de Fotos – o material feito nesses softwares agora também é publicado dentre de outras redes sociais.
Deixe um recado (de vídeo)
Além de estar mais social, o novo Messenger também deu uma incrementada em seus serviços de bate-papo. Uma que vale o destaque é a possibilidade de reunir várias conversas em abas, numa única janela, ou seja, não existe mais aquela história de ter várias pessoas “piscando” na sua barra do Windows.
Em relação às conversas de vídeo, o programa também teve um upgrade, com suporte à câmeras em alta definição. Outra novidade interessante é deixar recados, de até 30 segundos, para os contatos offline. O Virgula testou a ferramenta, mas ela não funcionou, pois o sistema não conseguiu carregar o vídeo. Algo curioso em relação ao videochat é que ele, agora, exige de fato uma webcam para acontecer. Explicação: antes, mesmo quem não tinha uma podia pelo menos ver o outro contato exibindo uma tela de vídeo na conversa. Agora não: os dois interlocutores precisam ter a sua.
Para quem for testar o novo Messenger, fica aqui o aviso: no momento, por se tratar de uma versão beta, ele apresenta alguns erros e suas novas funcionalidades travam bastante.