E a polêmica sobre o artigo escrito pela jornalista Lynn Hirschberg para o New York Times sobre a cantora M.I.A continua. Desta vez, entretanto, a maré virou – após o perfil sobre M.I.A ter dado a entender que suas posições políticas eram hipócritas e tipicamente elitistas, o jornal publicou uma nota oficial com uma correção ao artigo.
Após a jornalista ter reunido duas afirmações da cantora de forma a, segundo ela, tirar as frases do contexto, o jornal precisou corrigir a informação – já que M.I.A disponibilizou em seu site oficial trechos em áudio da entrevista.
No perfil, Lynn escreveu:
Em janeiro de 2009, enquanto a guerra civil no Sri Lanka estava em seu auge, Maya repetidamente se referia a situação como um verdadeiro ‘genocídio’. “Não estava querendo ser como Bono“, Maya disse. “Ele não é da África – mas eu sou. Estou cansada desses artistas do mundo pop que ficam falando ‘dê uma chance à paz’, isso é ridículo. Prefiro dizer ‘dê uma chance à guerra’. A razão que me fez ir até a cerimônia do Grammy era pra dizer que, hey, 50 mil pessoas vão morrer nesse mês, e essa é a oportunidade de vocês se mexerem e ajudar. Obviamente, ninguém fez nada”.
Mas, de acordo com M.I.A no áudio revelado em seu site oficial, o que ela realmente disse foi:
“Não era por mim essa coisa de ir ao Oscar ou ao Grammy. Isso não significa absolutamente nada. O motivo daquilo era ir e dizer: hey, 50 mil pessoas vão morrer, e essa é a oportunidade de vocês ajudarem. E ninguém fez nada”.
No esclarecimento oficial do New York Times, o jornal deixa claro que reconhece que a citação sobre Bono foi dita em outra parte da entrevista e que não deveria estar junto com a outra declaração. “As frases estão literalmente transcritas, mas de fato a maneira com que foram editadas causou uma representação fora de contexto”, afirmou o jornal.
O jornal não se pronunciou a respeito de outras partes polêmicas da entrevista, como a insinuação de que M.I.A tenha pedido um prato caríssimo de batatas fritas trufadas mesmo reclamando contra a acomodação a o abuso dos ricos. Entretanto, de acordo com o áudio publicado por M.I.A, foi a jornalista do New York Times que pediu o prato e pagou por ele.
O jornal não