The Pepper Pots – Now

Pode parecer estranho mas o país de Julio Iglesias, Miguel Bosé, Alejandro Sanz e outras dezenas de cantores românticos conta com uma consistente cena de soul, funk e ska com bandas como Sweet Vandals, The Kinky Coo Coo’s, The Cherry Boppers e a minha indicação desta semana, The Pepper Pots. As catalãs emulam com perfeição o som de girls-groups dos anos 60 como Ronettes, Supremes, Shangri-Las, Shirelles e Marvelettes. O terceiro CD das garotas, “Now“, tem a luxuosa produção de Binky Griptite, líder dos Dap Kings, banda que já tocou com meio mundo desta cena atual que resgata o soul e o funk old school. Muito bom!

Flavia Durante (editora de mídias sociais)

 

Jorge Ben Jor – Flamengo

Apesar de não ser flamenguista, a música Flamengo, interpretada pelo grande Jorge Ben Jor, é a minha pedida para Music Monday. Além de ser um excelente samba-rock, a canção fala sobre um dos maiores time de futebol que o Brasil e o Mundo já viu. O Flamengo de 81, de Carpegiane, Cláudio Adão, Zico e Manguito. Quem gosta de bom futebol e música da qualidade, taí uma boa dica.

Luiz Antonio Teixeira (repórter de Esporte)

 

Brant Bjork – Gods & Goddesses
 
Disco recém saído do forno e nono da carreira do lendário músico de Palm Desert, Califórnia. Ex-baterista do Kyuss, Fu Manchu e do Mondo Generator, Brant tem uma longa carreira na cena stoner rock. Com seu rock “malaco” e cheio de groove, o músico produz mini hits neste álbum, com faixas como Dirty Bird, Radio Meca e a “desértica” Somewhere Some Woman. Produzido pelo experiente Ethan Allen (Donita Sparks, Better Than Ezra, Throwing Muses), Brant Bjork conseguiu fazer um disco notável, mesmo com uma avalanche de bons álbuns lançados neste ano.

 Jean Felipe (repórter de música)

 

 Booka Shade – More!

A dupla alemã chega no quarto álbum mostrando porque paira acima da mesmice do techno/tech-house atual: boas ideias, sonoridades originais e suingão irresistível. Sim, suingão. No álbum anterior, o Booka Shade tinha ido numa direção mais suave e contemplativa. Agora, bem descansados, eles retomam a energia de seus trabalhos iniciais. Destaques para Havanna Sex Dwarf, Scaramanga, Teenage Spaceman e a bem pop Bad Love.

Camilo Rocha (editor de música)

 

Mei Tei Sho – Lambi Golo

Mei Tei Sho é um grupo francês que oscila entre o jazz, o afrobeat e o dub, sem sobra de dúvidas, de forma bastante competente. A sonoridade é totalmente autoral e única, e através da linguagem, do som e do estilo, a banda transmite sua multiplicidade cultural e gostam de chamar de “transe” o efeito que causam em quem os escuta. O nome vem do japonês e diz de uma espécie de “overdose” de arroz; progressivo e repetitivo, o efeito sonoro se parece com qualquer coisa desse tipo.

Clarice Machado (editora de imagens)

Cat Power – Dear Sir

Quem vai assistir aos shows da cantora no Brasil, durante a Virada Cultural Paulista neste final de semana (no dia 22 às 17h em São José dos Campos e 23h em Jundiaí), sabe que a musa indie há muito tempo deixou de lado em suas apresentações o repertório de seus primeiros álbuns, os introspectivos Dear Sir e Myra Lee. Mas para entender a Cat Power que vai se apresentar no Brasil esta semana é essencial dar uma ouvida em seu debut álbum, Dear Sir. Embora hoje a cantora consiga encarar seus demônios, o errático começo de sua carreira mostra como surgiu seu estilo de compor, que consegue ir do desespero completo a redenção.

Stefanie Gaspar (repórter de música)

The Donnas – Take it Off
 
The Donnas é a banda feminina mais legal da última década pra quem gosta de rock and roll puro e simples, com letras bem-humoradas sobre sexo, namoro, carros e baladas. As garotas já têm sete discos lançados, em que foram do punk festeiro estilo Ramones a um hard rock influenciado por AC/DC, Runaways, Mötley Crüe, Kiss e outros. O maior hit delas no Brasil é a contagiante Take it Off, do CD Spend the Night (2002), talvez o melhor da carreira delas. Mas a maior dica é: ouça todos, no último volume!

Denis Moreira (editor de diversão)

Nelson Cavaquinho – A Flor e o Espinho

Eu vi no Comédia na MTV, na semana passada, o Marcelo Adnet e sua trupe fazendo um emo-samba, tipo o samba é expressão da alegria e pra fazer graça a gente vai fazer um samba triste… Nada como a tristeza de um país sem memória. O samba é bastante triste desde sempre, é um clichê achá-lo apenas alegre. E seu exemplo máximo é o grande Nelson Cavaquinho, mestre da Mangueira, do samba e da tristeza: “Tire o seu sorriso do caminho, que eu quero passar com a minha dor”

Vitor Ângelo (editor de celebridades)

Orquestra Brasileira de Música Jamaicana

Minha sugestão hoje é em pique de Virada Cultural! Vou indicar a banda que fez o melhor show da noite (pelo menos entre os que eu vi), a Orquestra Brasileira de Música Jamaicana. Comandada pelo mestre de cerimônias e guitarrista Sérgio Soffiatti (ex-Skuba), a OBMJ fez mais um set impecável com versões ska de clássicos da música brasileira, incluindo o Trenzinho de Caipira do mestre Villa-Lobos. Mais um motivo para você baixar correndo o EP da mais espetacular banda de ska nacional da atualidade. Ah sim! E é de graça!

Luiz Filipe Tavares (repórter de música)

Rocky Horror Picture Show- Time Warp

Seguindo a “ressaca” da Virada Cultural, um pouco de cinema no Music Monday. O filme Rocky Horror Picture Show (1975), que foi exibido no CINESESC à meia noite de sábado, contou com atores interagindo com o público e com o filme. Logo na entrada foram distribuídos kits com luvas de borracha, apitos, palitos de neon, chapeuzinhos de aniversário, arroz e óculos coloridos, para que todos os espectadores pudessem participar. O filme, baseado em um musical trash da Broadway, passou a ser cultuado nos anos 80 e a legião de fãs criaram o Participation. A interação rola com brincadeiras que tiram sarro das falas e das cenas bizarras do filme. Quem esteve no CINESESC – e não era virgem em Rocky Horror – certamente se levantou e dançou o Time Warp. É só um pulo para a esquerda.
 
Rafael Takano (repórter de news)

 


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#musicmonday @virgula: sonzeira para sua segunda-feira