Bill Calahan – Sometimes I Wish We Were an Eagle – @stefaniegaspar
Há duas semanas simplesmente não consigo parar de ouvir esse álbum, um dos melhores da carreira do recluso Bill Calahan. Em Sometimes I Wish We Were an Eagle é possível vislumbrar um pouco das mudanças que o músico enfrentou desde a época que assinava como Smog chegando até a sua obra atual, na qual abandonou a sonoridade suja das faixas gravadas em casa e investiu em um som mais limpo. Se em seu último registro como Smog, A River Ain’t Too Much to Love, Bill Callahan aparecia soturno, em Sometimes I Wish We Were an Eagle é como se o sol tivesse aparecido.
Stefanie Gaspar (repórter de música)
Toe – Tsunagaru Haruka Kanata – @Claricemachado_
Pra quem gosta de sonzinhos ambientes, o Toe é uma ótima pedida. Formado por 4 rapazes japoneses totalmente desapegados da mesmice das músicas e bandas iguais que já existem de rodo por aí, resolveram montar a banda deles e fizeram diferente. O som é incrível, e quem aprecia coisas como Mogwai, Explosions In The Sky, também vai gostar disso, quase apostado! Envolve, relaxa, distrai e te leva embora. Esse é o tipo de som pra mim.
Clarice Machado (editora de imagens)
Minus The Bear – Omni – @Polaco_
Na minha humilde opinião, o Minus The Bear é de longe a melhor banda americana dos anos 00. Parece muito pra uma banda de Seattle desconhecida da maioria dos brasileiros, mas basta ouvir algumas músicas do quinteto para ver que eles captaram e levaram além toda essa vibração cheia de reverb que marcou o rock alternativo da última década. Seu novo álbum, Omni, só sai amanhã (04/05), mas já está em streaming no site da rádio KCRW. Não perca!
Luiz Filipe Tavares (repórter de música)
Eduard Khil – Я очень рад, ведь я, наконец, возвращаюсь домой – @Vitorangelo
A febre já passou, mas o pessoal aqui do Virgula Esporte teve a capacidade de recuperar esse clássico do cancioneiro russo. Eduard Khil é um dos mais famosos cantores soviéticos de música ligeira dos anos 60. E depois de mais de 40 anos, finalmente ele se tornou sucesso mundial. O trololo surgiu por causa da censura, como explica José Milhazes no seu blog Da Rússia: “Arkadi Ostrovski escreveu a letra para a música, mas, como as personagens principais eram um cowboy americano e a sua amada, a censura soviética “chumbou-a”, obrigando-o a cantar “ah-ah-ah…oh-oh-oh” durante dois minutos e 42 segundos”
Vitor Angelo (editor de celebridades)
Kyuss – Blues for the Red Sun – @Jexxx
Um dos discos mais influentes do rock? Sem dúvidas. Joshua Homme (hoje no Queens of the Stone Age) e sua turma produziram essa ode ao deserto em 1992. Com riffs áridos, influenciados pelo thrash e pela psicodelia do Black Sabbath, o Kyuss nos saudou com pérolas como Thumb, Green Machine, Thong Song, Freedom Run e outras clássicas daquela sonoridade única, que mais tarde seria batizada de Stoner Rock. John Garcia era outro destaque no grupo: o talentoso vocalista era a “alma” do Kyuss. O quarteto poderia ter se tornado grande, mas foi afogado pela “febre” do grunge da época. Irônico, já que Kurt Cobain era um confesso fã do grupo.
Jean Felipe (reporter de música)
<b>Toots and the Maytals</b> – 54-46 (Was My Number) – @Telefone
Um clássico da música jamaicana: 54-46 (Was My Number), do Toots and the Maytals. Grandes nomes do ska, e depois do reggae, o Maytals acabou de lançar um novo álbum, chamado Flip and Twist. Com uma ótima mistura de vocais e melodias, o vozeirão de Toots Hibbert parece a cantoria de um pastor, com a alma carregada. Para quem gosta de soul, os vocais até lembram o saudoso Otis Redding. Para ter uma noção do que o Toots representa, algumas de suas músicas foram tocadas por Amy Winehouse, The Clash, Willie Nelson, Eric Clapton, Keith Richards, No Doubt, Ben Harper, The Roots, Shaggy entre outros. Também foi trilha do filme Surf´s up, foi a abertura do reality show Miami Ink, e esteve em video games como GTA, Scarface e Tony Hawk.
Rafael Takano (repórter de news)
Marina & The Diamonds – The Family Jewels – @Flaviadurante
Uma das apostas da BBC pra ganhar o mundo em 2010, a cantora galesa de origem grega Marina & The Diamonds me conquistou com seu álbum de estreia, The Family Jewels. Da linhagem de cantoras “estranhas” como Kate Bush, Diamanda Galás e com um quê de Patti Smith, Marina Diamandis mostra um grande talento e sensibilidade pra música pop. Em um mundo perfeito, ela seria tão famosa quanto a Lady Gaga.
Flávia Durante (editora de redes sociais)
Black Rebel Motorcycle Club – Beat the Devil’s Tattoo – @Fabsdecarvalho
Beat the Devil’s Tattoo é uma excelente apresentação para quem não conhece o BRMC justamente porque consegue equilibrar tudo que eles espalharam antes nos outros discos. A introdução tem o clima caipira de Howl e há uma melodia pop que caberia em Baby 81. Mas as guitarras levam direto aos dois primeiros discos: são pesadas, arrastadas e fortes. Som para ouvir (bem) alto e batendo o pezinho ao mesmo tempo.
Fabiana de Carvalho (repórter de diversão)
Claudia Dorei – Respire – @Carolpatrocinio
Virou toque de celular, despertador e não parou de tocar pela casa durante uns bons meses. Claudia Dorei mostra nesse trabalho que você pode juntar todas as suas influências e criar um som incrível, sem rótulos e dificultando a vida de quem precisa dar nome aos tipos de som. Respire deveria ter apenas uma definição: música boa. É um CD de voz feminina com batidas que te fazem querer sair dançando pela cozinha. Aquele tipo de música que a família inteira pode escutar enquanto é feito o almoço de domingo. O link é do MySpace porque dá pra ouvir várias músicas dela, já que é difícil escolher uma preferida
Carol Patrocínio (repórter de celebridades)
Curumin – Japan Pop Show – @Tiagoagostini
Em seu segundo disco, de 2008, o paulistano Luciano Albuquerque, conhecido como Curumin, aperfeiçoa a sonoridade que estava latente em sua estreia, Achados e Perdidos, de 2003. Abusando dos samples, Curumin reprocessa a sonoridade do mestre Jorge Ben, criando o post-samba-rock, com músicas cheias de suíngue, como Compacto, Mal Estar Card e Sambito. Em Caixa Preta, Curumin injeta funk na mistura e faz música para baile nenhum dos morros cariocas botar defeito. Mas é em Magrela Fever que está a grande pérola do disco. Com uma melodia e arranjo maroto, Curumin eletrifica o cavaquinho e extrai uma nova sonoridade – tal qual o mestre Ben fez com o violão nos anos 60 e com a guitarra nos 70. Confere o resultado neste vídeo
Tiago Agostini (editor de home)
Péricles e Thiaguinho do Exaltasamba – Galha Do Cajueiro (cover de Wilson Simonal) – @Luizteixeira
Para a minha estreia no Music Monday, ai vai uma versão gravada para o especial Baile do Simonal, que está no DVD, da música Galha do Cajueiro. Como eu não posso trair o movimento dos Exaltamaníacos (rs), coloco uma clássica canção de Wilson Simonal na voz dos pagodeiros.
Luiz Teixeira (repórter de esporte)
Goldfrapp – Head First – @Denismoreira
Até agora, este é o CD mais legal para as pistas lançado neste ano (em segundo, vem Plastic Beach, do Gorillaz). Com apenas nove musiquinhas, o disco faz uma espécie de releitura do pop eletrônico dos anos 80, mas sem soar datado. É pop, mas não é farofa; é moderno, mas com sabor de nostalgia. E, principalmente, dançante até a medula. Ouça uma das músicas, Rocket, e sinta a maior vontade de ir pra balada…
Denis Moreira (editor de diversão)
The Third Degree – Mercy @camilorocha
Bem, todo mundo conhece “Mercy”, da Duffy, um dos grandes hits do neo-soul desta década. Ano passado, alguns músicos londrinos resolveram deixar a música, que já tem uma pegada de soul clássico, com uma cara ainda mais vintage. Montaram o projeto The Third Degree e gravaram essa versão de “Mercy”, que poderia ter saído pela Stax ou Atlantic em 1967. Tão fiel ficou a sonoridade que, quando ouvi pela primeira vez, achei até que era de fato a versão orginal obscura do hit da Duffy.
Camilo Rocha (editor de música)