Stone Temple Pilots – Stone Temple Pilots
Enquanto jornalistas hypeiros se esforçam pra encontrar a “salvação do rock” em meio à fraquíssima safra de bandas atuais, o Stone Temple Pilots é mais um veterano que volta para mostrar como se faz. Em seu novo CD, o quarteto continua igual: belos riffs do guitarrista Dean DeLeo, sensacionais linhas de baixo de seu irmão Robert e linhas vocais arrojadas do sempre ótimo Scott Weiland. Mas nada disso seria suficiente se as músicas fossem ruins, o que não é o caso, nem de longe – Hickory Dichotomy, Cinnamon e First Kiss on Mars são f…! Um disco para matar indies, emos e afins de raiva…
Denis Moreira (editor de diversão)
Replicantes – Boy do Subterrâneo
Depois de passar um fim de semana muito agradável em Porto Alegre para ver o show da Cat Power, só poderia indicar uma das clássicas bandas do Rio Grande do Sul. Os Replicantes tiveram muita importância na formação da identidade do rock underground gaúcho no começo dos anos 80, com pelo menos três discos essenciais de cabo a rabo. Boy do Subterrâneo é uma pedrada na mente que reflete bem o estilo dos Replicantes. Sujo, direto e sem frescura. Punk desde quando não existiam punks por aqui
Luiz Filipe Tavares (repórter de música)
Teenage Fanclub – Shadows
Com o Teenage Fanclub não tem novidade, é sempre a mesma coisa: melodioso, lindo e FANTÁSTICO! Como é bom ver uma banda amadurecer com tanta dignidade, sem apelar pra misturebas e parcerias bisonhas, sem acabar, depois voltar e pagar mico em turnês de retorno, enfim, a banda perfeita! Pra ouvir suspirando!
Flávia Durante (editora de redes sociais)
Black Sabbath – Heaven and Hell
Com a morte de Ronnie James Dio (1942 – 2010), resolvi ouvir mais uma vez este disco. Claro, particularmente curto mais a primeira fase do Black Sabbath (entre 69 a 78), mas é inegável que o álbum Heaven and Hell é sensacional. Da faixa título, passando pelas pesadas Die Young e Children of the Sea, o álbum é comparável a outras obras lançadas pelo grupo no passado. Sem dúvidas nenhuma, o grande responsável pela genialidade do disco, tirando os incríveis riffs de Tony Iommi, era o vocal de Dio. Apesar de parte da mídia sempre tachar Ronnie James Dio de clichê e coisas do tipo, o cantor viveu e morreu acreditando no que fazia. Claro, Dio fez coisas duvidosas em sua carreira (e quem não fez?), mas é inegável a honestidade que imprimia em suas músicas. Mas uma coisa é fato: sua voz ainda é uma das mais potentes que já passaram pela terra. Dio, seus fãs e a música irão sentir muito a sua falta. Descanse em paz!
Jean Felipe (repórter de música)
Walverdes – Spray
Sem muito alarde, os gaúchos do Walverdes colocaram duas músicas novas em sua página na Trama Virtual. Spray e Diagonal se juntam a Cérebro Embrião, que já estava no MySpace, como as músicas já divulgadas do novo CD Breakdance. Gravado, mixado e masterizado, o novo disco depende apenas da parte gráfica ser finalizada para ser lançado, mas a promessa é que ele sai ainda este ano, pela Monstro Discos. Porradaria de primeira qualidade made in Brasil.
Tiago Agostini (editor de home)
The Rolling Stones – Exile On Main Street
O disco do momento é de 38 anos atrás. Falo da versão remasterizada de Exile On Main Street, classicão dos Rolling Stones de 1972, que ocupa atualmente as cabeças das paradas europeias e americana. Exile é mais um disco de Keith Richards do que de Mick Jagger, meio rústico, bem blueseiro, mas com bastante country e soul também. Considerado um dos melhores álbuns do grupo, foi gravado em tempos turbulentos: toda a banda havia se mudado para a França por causa de enormes dívidas com o fisco inglês e Richards se enganchava seriamente na heroína, fora que ele e Jagger vinham se estranhando. Mais uma prova de que sem faísca, não há fogo.
Camilo Rocha (editor de Música)
Arlindo Cruz – O Show Tem Que Continuar
Como sempre, sem trair o “movimento”, selecionei um belo de um samba para alegrar a segunda-feira. Uma versão da música do compositor Luiz Carlos da Vila, que morreu em 2008, na voz do ex-Fundo de Quintal Arlindo Cruz. Além do ritmo inigualável do banjo de Arlindo, a música mostra como alguns simples acordes podem levar com maestria e leveza uma excelente canção.
Luiz Teixeira (repórter de esportes)
Laura Marling – I Speak Because I Can
Laura Marling tem apenas 20 anos, mas canta como se conhecesse há tempos a dor do amor e da desilusão. Não se engane pelo tom delicado evocado por sua sonoridade folk – a menina é sarcástica, e curte um toque de crueldade na hora de descrever amores perdidos. Seu novo álbum, I Speak Because I Can, consegue equilibrar com precisão o sarcasmo de suas letras com a delicadeza de seus acordes. Recomendo!
Stefanie Gaspar (repórter de música)