Luan Santana começou cedo – sua primeira apresentação foi aos 14 anos, e desde então o garoto não parou. Mas da infância em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, até as apresentações que faz em São Paulo a partir de hoje (16) com ingressos esgotados, Luan percorreu um longo caminho.

Ao contrário de grande parte dos adolescentes que sonham em seguir carreira musical, Luan não queria saber de pop/rock. O negócio do garoto era o sertanejo, o que fez com que Luan deixasse de lado os estúdios para excursionar pelo Brasil.

De 2005 até o início de 2009, entretanto, Luan era conhecido apenas pelo público específico de seus muitos shows – em média, 25 pequenas apresentações por semana. Mas com o lançamento do CD e DVD Luan Santana – Ao Vivo, que chegou às lojas pela Som Livre, a vida do cantor mudou completamente. Seus shows passaram a lotar a partir da apresentação do DVD, que reuniu 85 mil pessoas, e o músico não conseguia mais excursionar sem uma boa equipe de segurança.

Veja aqui a galeria de fotos da visita de Luan Santana à rádio Jovem Pan

Em entrevista ao Virgula, Luan Santana fala sobre as dificuldades de lidar com a fama, de sua relação com os fãs e adianta alguns detalhes do show de hoje (16), que acontece no Credicard Hall com ingressos esgotados. Leia abaixo a entrevista!

Como foi o início de sua carreira?

Desde pequeno sempre gostei de cantar. Quando eu tinha três anos já
arriscava cantar música sertaneja, porque meu pai sempre gostou, e cantava em casa. Comecei mesmo a me apresentar aos 14 anos, mas no comecinho minha família não acreditava muito que eu seguiria essa carreira. Mesmo assim, deu certo.

Por que a escolha pelo sertanejo, considerando que muitos dos músicos adolescentes preferem o pop/rock? Você já teve vontade de se arriscar em outros estilos?

Nunca quis arriscar outros estilos, porque eu comecei mergulhado no sertanejo, praticamente não ouvia outra coisa. Desde os três anos eu cantava músicas sertanejas do Trio Parada Dura, do Zezé di Camargo e Luciano, Chitãozinho e Xororó e assim por diante. Sempre gostei do estilo e não penso em mudar.

Quais pressões você teve que enfrentar seguindo carreira tão cedo e tocando para multidões ainda adolescente?

Por incrível que pareça, a maior pressão que sofri sempre veio de mim mesmo. Eu me cobro demais, sempre quero ser um pouco melhor a cada dia. Isso me forçou a crescer muito rápido profissionalmente. Mas sempre foi maravilhoso para mim saber que tenho tantos fãs, isso me motivou a querer melhorar sem parar.

Como é a sua relação com as fãs? Qual foi a situação mais engraçada que já aconteceu com você por causa das fãs?

Todo show eu dedico a música A Louca para as fãs que ficam na porta do hotel esperando eu chegar, que ficam na porta do camarim, na porta dos programas de TV… elas estão em todo o lugar! Eu amo minhas fãs, falo com elas direto pelo twitter!

Mas o dia-a-dia é complicado: sempre que vou sair de um hotel para o show, por exemplo, quase fico sem cabelo e sem camisa de tanto que me puxam. A situação mais engraçada foi quando eu cheguei no quarto do hotel e ouvi uma voz na janela. Quando fui ver, uma fã que tinha escalado até o segundo andar para chegar no meu quarto.

A que você atribui um sucesso tão meteórico?

Parece que foi de repente, mas eu já ralei muito e tinha muita gente que não acreditava que aquele menino do Mato Grosso do Sul com 14 anos poderia hoje estar fazendo 25 shows por mês e batendo recorde de público nos shows. Tenho orgulho disso e acho que mereci.

Você cita como inspirações músicos como Zezé Di Camargo e Luciano, que apesar da veia pop trazem traços do sertanejo clássico. Em qual estilo você acha que a sua música se encaixa?

É difícil conseguir definir. Acho que consigo reunir pessoas de todas as idades, que têm em comum apenas o gosto pelo sertanejo. Quando estou em cima do palco, vejo adolescentes, crianças, adultos e até idosos na plateia. Sertanejo universitário, por exemplo, eu não sei se me encaixo, porque nem faculdade eu fiz (risos). Completei o ensino médio e agora não tem tenho mais tempo pra nada. Acho que me encaixo no “novo sertanejo”, pode ser? (risos)

Aproveitando o trocadilho, você pretende um dia ser um sertanejo “universitário”?

Quem sabe um dia faço faculdade de biologia, mas por enquanto meu único objetivo é viajar pelo Brasil todo com o show que apresento no DVD – e mais tarde, quem sabe, uma carreira internacional.

Como foi a gravação do seu DVD? Você acha que o formato de lançamentos ao vivo dá ao artista a possibilidade de inverter a atual situação de vendas reduzidas dentro do mercado fonográfico?

A gravação do meu primeiro DVD, que foi na minha cidade natal, foi a realização de um sonho. Cantar para 85 mil pessoas em plena terça-feira foi uma emoção inexplicável. Acho que você lançar um DVD ao vivo mostra para o público como é realmente seu trabalho, e traz uma certa expectativa na hora de ver o artista ao vivo. Então acho que é uma ótima escolha para todo músico.

Confira também o vídeo abaixo, no qual Luan fala sobre seu show no Credicard Hall e suas referências musicais. Assista!


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Luan Santana: sertanejo universitário? Nem faculdade eu fiz!

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