Metade Vulcan, metade humano. Só com essa descrição você já deve saber de quem estamos falando. Sim, é Leonard Nimoy, mais conhecido como Spock da série e filmes Jornada nas Estrelas.
O ator e também diretor, poeta, músico (!) e fotógrafo completa 79 anos nesta sexta-feira, dia 26. Para festejar esses longos anos de contribuição ao mundo nerd, resolvemos mostrar o que há por trás do Senhor Spock, seus outros trabalhos e talentos:
CINEMA, SÉRIES E ANIMAÇÕES
Começando por seu trabalho mais conhecido, Jornada nas Estrelas, que foi ao ar de 1966 a 1969. Nimoy levou três indicações ao Emmy pelo papel de Spock.
Já com a carreira firmada em Jornada nas Estrelas, o ator voltou à ativa como Spock, já velho, no novo filme da franquia Star Trek de 2009, dirigido por JJ Abrams (LOST). A cena em que os dois “Spocks” se encontram é impagável.
A parceria de Nimoy com Abrams deu tão certo, que ele foi chamado para fazer William Bell em Fringe. Ele interpreta o líder da empresa Massive Dynamic na série meio policial, meio ficção científica – ao bom estilo de Arquivo-X.
Você sabia que Sr. Spock dirigiu os filmes As Coisas Engraçadas do Amor (aquele com o Gene Wilder e Mary Stuart Masterson) e Três Solteirões e um Bebê? Essa é impagável!
Nimoy vez ou outra empresta a voz para animações. Ele fez a voz de Galvatron em Transformers: O Filme, de 1986.
Quem é viciado em Os Simpsons vai lembrar: no 10º episódio da 8ª temporada, Leonard narra quando Homer Simpson vê um alien e acham que ele estava só bêbado. Era um episódio especial sobre a série de Mulder e Scully.
Na série Big Bang Theory, o personagem Sheldon é fanático por Leonard Nimoy. Na segunda temporada, Penny dá de presente o autógrafo do intérprete do Spock e o faz quebrar sua pose de antisocial: ele dá um abraço nela. Os produtores da série já prometeram que em algum momento Nimoy dará o ar da graça.
Até onde você acha que foi a voz de Nimoy? Em 2005, ele fez a narração do game Civilization IV (essa você não sabia, certo?).
Nimoy participou do episódio O Gorila da série Bonanza, dirigido por James P. Yarbrough, em 17 de dezembro de 1960.
De novo em 86, atuou na série clássica Missão: Impossível, nas temporadas de 1969-1971 e fez um epísódio da primeira temporada de Agente 86.
Em 1998, Nimoy deu vida a Mustapha Mond em Brave New World, adaptação do clássico livro Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley.
LITERATURA
Nimoy escreveu duas autobiografias, a primeira em 1975, intitulada Eu não sou Spock (I am not Spock), no qual ele conduzia diálogos entre o ator e o personagem, e outra em 1995, com o título Eu Sou Spock (I am Spock).
Ainda nos meados dos anos 1970, Nimoy escreveu e estrelou um monólogo chamado Vincent, baseado na peça Van Gogh, de Phillip Stephens.
Em 1995, Nimoy se envolveu na produção de Primortals, uma série em quadrinhos publicada pela Tekno Comix que abordava o primeiro contato com alienígenas.
No universo da poesia, escreveu diversos volumes, alguns publicados com as suas fotografias. Um de seus ricos trabalhos foi A Lifetime of Love: Poems on the Passages of Life (2002).
MÚSICA
A incursão de Nimoy na música é bem curiosa. Ele interpretou a canção The Ballad of Bilbo Baggins (escute AQUI), composta por Charles Randolph Grean, que conta a história de Bilbo Baggins e suas aventuras no livro O Hobbit, escrito por J. R. R. Tolkien (sim, aquele mesmo que será lançado em breve nos cinemas). A gravação apareceu originalmente em Two Sides of Leonard Nimoy, o segundo álbum de Nimoy.
Nimoy lançou os discos Leonard Nimoy Presents Mr. Spock’s Music From Outer Space, (1967); Two Sides of Leonard Nimoy, (1968); The Way I Feel, (1968); The Touch of Leonard Nimoy, (1969); e The New World of Leonard Nimoy, (1970). Todos pela Dot Records.
Pra ficar mais engraçado e curioso, Nimoy dirigiu o videoclipe de 1985 da banda The Bangles, Going Down to Liverpool (assista AQUI), no qual ele aparece como motorista.
Ele também fez um versão do clássico I Walk the Line, do Johnny Cash.
A voz de Nimoy foi sampleada na música What’s On Your Mind? (Pure Energy) (escute AQUI), do Information Society. A palavra “pure energy”, repetida inúmeras vezes, veio do episódio “Errand of Mercy” da série Jornada nas Estrelas. Inclusive o disco autointitulado da banda tem vários samples de Star Trek.