O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, viajou na noite da segunda-feira (6) para Washington, nos Estados Unidos, onde vai se reunir com a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton.

Antes de embarcar, Zelaya disse aos jornalistas que sairia da Nicarágua rumo à capital americana às 19h (22h em Brasília), após a tentativa fracassada de retornar a seu país no domingo (5).

“Estamos indo a Washington para uma reunião com o Departamento de Estado (dos EUA) e com a secretária de Estado, Hillary Clinton”, afirmou o governante deposto.

A reunião está prevista para as 17h da terça-feira (14h em Brasília).

Zelaya disse que vai tratar sobre o cumprimento das resoluções das Nações Unidas e da Organização dos Estados Americanos (OEA) “sobre os preceitos da Carta Democrática do Sistema Interamericano, sobre o respeito aos regimes com origem na vontade popular”.

Também será discutido sobre as “sanções que estes regimes têm que sofrer em nível internacional, a fim de que estes eventos, como no caso de Honduras, não voltem a acontecer em seus países e em nenhum lugar do mundo”, acrescentou Zelaya.

“A interrupção pela força de um Governo eleito pela vontade do povo é uma violação a todos os princípios dos direitos democráticos dos povos”, disse.

Além disso, o governante deposto afirmou que voltará a tentar entrar em seu país, apesar da tentativa fracassada.

“Vou entrar em Honduras e fazer o que sempre fiz: manifestações públicas, democráticas, abertas e amplas”, afirmou.

Além disso, disse que quando retornar a seu país estará em “muitos lugares permanentemente, até que possa reintegrar e garantir o retorno do regime eleito pela vontade do povo”.

Zelaya disse ainda que o esforço do povo hondurenho não “será em vão” e que aqueles que cometeram crimes pagarão sua pena.

“Que o povo saiba que tudo é em função de brigar por uma luta histórica da humanidade, que é resgatar sempre seus direitos humanos, seus direitos sociais e políticos”, concluiu.


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Zelaya vai aos EUA discutir crise com Hillary Clinton