O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, pediu no final da noite de domingo (5) às Forças Armadas de seu país para que baixem seus rifles e não os apontem contra seus irmãos.
“Apelo às Forças Armadas de Honduras que baixem seus rifles”, declarou Zelaya em entrevista coletiva junto aos presidentes da Argentina, Cristina Fernández; Equador, Rafael Correa; Paraguai, Fernando Lugo; e El Salvador, Mauricio Funes.
Zelaya também lamentou a morte de um jovem, no que descreveu como repressão contra uma manifestação pacífica, ao mesmo tempo em que se solidarizou com a família da vítima e de outros feridos.
O chefe deposto de Estado se pronunciou após os fatos registrados no domingo em Tegucigalpa, onde seu avião não conseguiu aterrissar depois que militares obstruíram a pista do aeroporto Toncontín.
Durante a entrevista coletiva o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, disse que o órgão está disposto a “usar todos os meios diplomáticos possíveis para restabelecer o presidente Zelaya”.
“Quero dizer que como secretário-geral da OEA estou disposto a seguir adiante com todas as gestões diplomáticas para obter nosso objetivo que não é uma intervenção, é um objetivo simplesmente de cumprir as normas que todos os países adotaram”, assegurou.
Ele assinalou que a Carta Democrática Interamericana foi “assinada livremente por todos os países da região” e insistiu em qualificar como “uma ruptura grave da ordem constitucional” o ocorrido em Honduras.