Depois de dirigir quase 50 filmes, Woody Allen foi bem modesto na hora de escolher aqueles dos quais se orgulha. O cineasta elegeu apenas seis e ainda se autodenominou “medíocre”.

“Eu desperdicei uma oportunidade pela qual as pessoas matariam – eu tive completa liberdade artística. Outros diretores não conseguem isso durante sua vida inteira. Tenho uma marca bem pobre, considerando as oportunidades que eu tive. De 40 filmes, eu deveria ter 30 obras-primas, oito fracassos nobres e duas vergonhas, mas não foi assim”, disse Allen, segundo o jornal inglês The Times.

E ele também se comparou a outros diretores, diminuindo-se ainda mais. “Muitos dos (meus) filmes são agradáveis como filmes medianos, mas veja o que foi alcançado por pessoas que conseguiram fazer coisas lindas – Kurosawa, Bergman, Fellini, Buñuel, Truffaut – e então veja os meus filmes. Eu desperdicei minhas oportunidades e não tenho ninguém para culpar além de mim mesmo”, exagerou.

Mas, no final, o cineasta assumiu um tom resignado. “Você ambiciona grandeza quando é mais jovem, mas ou por culpa da indústria, ou por falta de disciplina ou simplesmente falta de genialidade você não a atinge. Os anos passam e você se dá conta: ‘Eu sou um cara mediano. Fiz o melhor que podia’”.

E para quem ficou curioso sobre os tais únicos seis filmes que o super exigente Allen escolheu, a lista é a seguinte: Zelig (1983), A Rosa Púrpura do Cairo (1985), Maridos e Esposas (1992), Tiros na Broadway (1995), Match Point (2005) e Vicky Cristina Barcelona (2008).


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Woody Allen escolhe os seus seis melhores filmes e diz que é "medíocre"

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