Na última quarta (12), uma corte federal americana, representada pelo juiz Stephen Larson, entregou à família de Jerry Siegel, um dos criadores do Super-homem, direitos sobre a origem do personagem, que até então estavam sob o controle da Warner Bros e da DC Comics.

Entre os direitos agora pertencentes aos Siegels estão as duas primeiras semanas de tiras de jornais com o personagem, além de trechos de revistas antigas da Action Comics.

Eles também são os novos donos de representações do planeta Krypton, de Jor-El e Lora (os pais do Super-homem), da fase em que o super-herói ainda era o pequeno Kal-El, seu lançamento no espaço e sua chegada na Terra.

Esta não foi a primeira vitória dos Siegels. Em 2008, a mesma corte já havia decidido que a família deveria ter de volta os direitos sobre a Action Comics nº 1, onde foi publicada a primeira história do Super-homem. A decisão foi retroativa, e eles deveriam receber os atrasados referentes a todos os anos desde 1999.

Nessa primeira sentença, eles haviam conseguido os direitos sobre o personagem, incluindo seu uniforme, os personagens Clark Kent e Lois Lane, seus empregos no jornal Daily Planet, onde trabalham para um editor grosseiro, e o envolvimento de Lois com Clark/Superman.

Inicialmente, a família de Joe Shuster, o outro criador do super-herói, não havia sido beneficiada, porque ele não tinha esposa ou filhos. No entanto, o direito ao seu espólio passou depois a valer para outros membros de sua família, do mesmo modo que vale para a de Siegel.

Por decisão da justiça, em 2013 as duas famílias serão donas de todos os direitos sobre a Action Comics n.º 1. Com isso, eles poderão permitir que outros estúdios façam desenhos, filmes e outros projetos com o personagem.

Por enquanto, a DC ainda controla elementos como a habilidade de voar e os outros poderes do Super-homem, o termo kriptonita, os personagens Lex Luthor e Jimmy Olsen e detalhes de sua origem que não constam no pacote dos Siegels.


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Warner e DC perdem direitos sobre as origens de Super-homem

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