A volta por cima completa. Assim pode ser analisada a performance de Vitor Meira na primeira corrida da Indy desta temporada. O terceiro lugar na competição, em seu retorno para a categoria após o grave acidente sofrido em Indianápolis, no ano passado, serviu para provar o talento do piloto brasileiro.
Muitas dificuldades e desconfianças? Não, Vitor Meira diz que sempre teve apoio da sua escuderia e, em momento algum, temeu ficar fora das pistas. Em entrevista exclusiva ao VirgulaEsporte, o piloto, melhor brasileiro da prova da Indy disputada em São Paulo, fala, entre outras coisas, sobre o seu resultado, expectativas para a temporada e ídolos no automobilismo.
VirgulaEsporte: Qual é a sensação de ser o melhor brasileiro na primeira corrida de São Paulo?
Vitor Meira: É muito boa, não só por ser o brasileiro mais bem colocado, mas também para provar a muitos que o acidente na Indy não mudou em nada, que eu continuo com muita vontade de andar.
VE: Quais as suas expectativas para a temporada?
VM: Meu objetivo é começar esta temporada melhor do que a do ano passado. O passo inicial foi dado. Mas, para mim, o início da temporada são as quatro primeiras corridas, ainda temos muito o que fazer.
VE: Qual foi a maior dificuldade para você após o acidente em Indianápolis? (veja o vídeo do acidente no fim da matéria).
VM: Definitivamente, ficar fora do carro. Pois só há um jeito de provar que você está bem, e esse jeito é pilotar.
VE: Ficou com medo de não voltar a correr?
VM: Graças a Deus, não. No dia seguinte (ao acidente), o AJ [AJ Foyt, chefe da equipe ] entrou no quarto do hospital e me disse que o carro estaria pronto assim que eu ficasse bom.
VE: Nesse retorno, você sentiu algum receio na hora de dirigir?
VM: Nenhum!!! Até porque nós tivemos três dias de testes antes da corrida e eu me senti bem.
VE: O que você acha da inclusão de mulheres na categoria como havia acontecido com a Danica ano passado e agora com a Bia e as outras?
VM: As mulheres têm tanto direito quanto os homens de estar na categoria… Eu acho super legal, também, porque junto com elas, nós ganhamos fãs que sem elas não teríamos.
VE: Você sonha em competir na Fórmula 1?
VM: Já sonhei! Hoje não. Hoje quero ganhar o campeonato da Indy e as 500 de Indianápolis. Mas se uma oportunidade aparecer na F1, ela seria bem vinda.
VE: Quem são seus ídolos no automobilismo?
VM: Entre tantos, o Senna é o mais importante pra mim.