Samantha Geimer, vítima do caso de abuso sexual envolvendo o cineasta Roman Polanski, pediu hoje a um tribunal americano para que retire as acusações contra o diretor devido às consequências negativas em sua vida atual, informou o jornal Los Angeles Times.
Geimer recorreu à Corte de Apelações em Los Angeles que revisa a situação judicial de Polanski para tentar fazer com que os magistrados desprezem as acusações existentes contra o cineasta desde 1977, quando foi denunciado por abusar sexualmente dela, que tinha apenas 13 anos de idade à época.
Polanski se declarou culpado no caso em 1978, mas fugiu dos Estados Unidos antes do final do processo judicial.
Sua recente captura na Suíça, onde continua detido à espera da extradição aos EUA, trouxe Geimer de volta às atenções da imprensa, o que teve consequências negativas para sua saúde e sua vida profissional, “com a possibilidade real de que Samantha pudesse perder seu emprego”, afirmou Lawrence Silver, seu advogado.
Desde a detenção de Polanski, Geimer recebeu 500 telefonemas de repórteres de lugares como Alemanha, Israel ou Japão, foi requisitada pelos principais programas de televisão dos EUA e teve sua casa, no estado americano do Havaí, cercada por paparazzi.
Atualmente com 46 anos, Geimer afirmou em 1977 que o diretor a estuprou durante uma sessão de fotos.
Em 1993, Polanski e Geimer chegaram a um acordo para enterrar o assunto segundo o qual a vítima receberia US$ 500 mil do cineasta.
