Começa hoje a versão carioca da Virada Cultural paulista – o Viradão Cultural. Serão mais de 300 atrações em 48 horas de festa, incluindo shows, cinema e outras manifestações artísticas, entre 5 e 7 de junho. Entre os destaques da programação estão o tributo de Elza Soares e o grupo Farofa Carioca a Wilson Simonal. Já na lona de Santa Cruz, Sandra de Sá e Toni Garrido homenagearão o cantor Tim Maia.
Cada um dos quatro palcos principais terá um perfil temático que norteará a programação dentro de um conceito específico. As Lonas Culturais da Prefeitura, espalhadas pela Zona Norte e a Zona Oeste, também serão temáticas. A ideia do nome Viradão é não só a de virar duas noites com programação ininterrupta mas virar a cidade culturalmente, apresentando ao público da Zona Sul, eventos e artistas da Zona Norte; ou da Zona Oeste no Centro.
Assim, o palco da Praça Quinze onde o Viradão Carioca começa, nesta sexta-feira, às 21h, com shows de Dudu Nobre, MartNália e virada com Marlboro e outros DJs terá como tema O Rio de Janeiro, fevereiro e março, e receberá a típica música carioca, do samba ao funk, do pop à MPB; enquanto isso, no palco de Santa Cruz serão celebrados Maestros Soberanos de ontem e hoje, como Tom Jobim, Nelson Cavaquinho e Heitor Villa-Lobos.
No sábado, às 11h será montada na Praça Tiradentes uma exposição de grandes artistas plásticos contemporâneos, coordenada pela Gentil Carioca, galeria de Ernesto Neto, Marcio Botner e Laura Lima. Em seguida, uma batalha de DJs nas juke box da rua Luís de Camões, nas cercanias do Centro de Artes Hélio Oiticica, vai agitar a região.
Uma batalha de repentistas contra rappers vai animar a noite do Centro de Tradições Nordestinas, o Pavilhão de São Cristóvão. A entrada na cultura hip hop no Pavilhão, habituado a receber eventos ligados à cultura nordestina, como a festa junina que sediará também no mês de junho, espelha a troca de conceitos proposta pelo Viradão para cada espaço.
O roteiro de cinema inclui as salas de exibição da Riofilme, caso do Cine Glória, no Memorial Getúlio Vargas, que vai virar a noite com sessões consecutivas de cinema, até o raiar do dia. Em uma parceria com o evento, o Grupo Estação também vai realizar uma Super Maratona no Odeon, convidando os cinéfilos a abrir mão da noite de sono.
A Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB) vai dar dois concertos gratuitos na Igreja da Candelária, lembrando com A criação os 200 anos da morte de Haydn. Grandes nomes do teatro e da literatura serão celebrados nas bibliotecas municipais e nos centros culturais. O Ciclo de Leituras Nelson Rodrigues, criado em parceria com a Globo Rio, começa com um corujão a sessão de 23h de sexta-feira no Carlos Gomes e se distribui em outros teatros da Rede Municipal e nas Lonas Culturais, com grandes atores da Rede Globo revisitando os episódios de A vida como ela é.
No domingo, a orla se agita com dois desfiles: no primeiro, as bandas da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e dos fuzileiros navais se reúne para um grande concerto no Forte de Copacabana, depois de marcharem ao lado do público. Depois dos militares, é a vez dos grupos artísticos formados pelas Lonas Culturais da periferia mostrarem seus trabalhos para os banhistas. Oficinas com a bateria e a bateria mirim do Império Serrano vão ser oferecidas no Bairro Peixoto e no Parque da Catacumba.
Apesar de problemas no site oficial do evento, que no fim da tarde desta sexta ainda estava fora do ar, é possível conferir as novidades e informações sobre toda a programação do evento no Twitter.
NOTÍCIA ANTERIOR:
Fotos de Matt Damon na África são divulgadas por ONG
PRÓXIMA NOTÍCIA:
Mano Menezes tem quarto melhor aproveitamento do mundo, diz CNN