Com o desafio e a responsabilidade de narrar a história de um personagem mitificado no mundo todo, “Che: o musical argentino”, que estreia no sábado (18/04) em Buenos Aires, pretende combater a banalização existente em torno da figura do líder guerrilheiro Ernesto “Che” Guevara.
Esta é a primeira vez que uma peça com estas características aborda a vida do revolucionário que se tornou um mito, cuja figura foi oportunamente comercializada mundo afora.
A ideia original deste musical surge precisamente “como uma necessidade de situar o Che não como uma figura de camiseta, mas começar a colocá-lo na cabeça e no coração das pessoas”, explicou Óscar Mangione, um dos autores da peça.
Produzir “Che: o musical argentino”, cuja direção ficou a cargo de Daniel Suárez, foi “uma enorme responsabilidade”, porque, segundo Mangione, a intenção era representar o guerrilheiro “com seriedade e rigor”.
Isso exigiu “muitíssimo trabalho de pesquisa e recopilação, tanto musical, como de biografias e conceitos que pessoas que o conheceram têm sobre ele”.
A produção recupera também um estilo pouco visitado na América Latina, o musical.
O objetivo era “poder incorporar ao gênero um personagem histórico, mas afastá-lo do formato da banalidade que é o que costuma acontecer, e, além disso, utilizar uma música que não é própria nos musicais”, disse.
Os dois atores que dão vida a Che Guevara são Alejandro Paker e Germán Barceló.