O Governo da Venezuela expressou na segunda-feira à Colômbia seu “mais enérgico protesto” pelas supostas atividades de “espionagem” colombianas em território venezuelano e exigiu a “interrupção imediata” dessas atividades “claramente inamistosas”.
Por meio de uma nota de protesto, a Chancelaria do presidente Hugo Chávez se queixou da “reiterada da presença de funcionários do Departamento Administrativo de Segurança colombiano (DAS) em território venezuelano, detectados realizando trabalhos de espionagem e tentativas de suborno”.
“Nas investigações realizadas foi confiscada documentação referente a um grande plano de conspiração e desestabilização contra a Venezuela, com repercussões na região, o que transgride os princípios do Direito Internacional que regem as relações entre Estados soberanos”, diz a nota.
O documento oficial venezuelano foi divulgado pela estatal Agência Bolivariana de Notícias (ABN).
Caracas “exige do Governo da República da Colômbia a interrupção imediata de atividades como as descritas em território venezuelano de funcionários do DAS, assim como a suspensão de toda atividade que atente contra a soberania, integridade territorial e estabilidade democrática da Venezuela”, afirma a Chancelaria.
A nota de protesto venezuelana foi entregue nesta segunda-feira à embaixadora da Colômbia na Venezuela, María Luisa Chappe, informou a ABN.
No sábado passado (24), o Governo venezuelano também protestou formalmente contra a Colômbia devido a declarações do ministro da Defesa colombiano, Gabriel Silva, o qual afirmou que os voos do narcotráfico com destino à América Central e aos Estados Unidos saem da Venezuela.
O ministro da Defesa venezuelano e vice-presidente do país, Ramón Carrizález, chamou essas afirmações de Silva de “grosseiras e desrespeitosas” e informou que entregou na Embaixada colombiana em Caracas uma nota de protesto contra as mesmas.