A venda do Milan pelo seu atual proprietário, o primeiro ministro da Itália, Silvio Berlusconi, pode finalmente materializar-se agora que o Tribunal Civil da capital lombarda condenou ao grupo do primeiro-ministro, Fininvest, a pagar 750 milhões de euros ao conglomerado CIR.
Isto é o que assegura hoje o diário esportivo italiano “La Gazzetta dello Sport”.
A razão é que o grupo de Berlusconi, que fechou 2008 com um lucro de 241,7 milhões de euros, tem que fazer frente a tão elevada sanção econômica pelos danos patrimoniais causados a CIR pela “corrupção” que levou ao primeiro-ministro a fazer-se com o controle do editorial Mondadori.
Isto faz parte da sentença ditada este sábado pelo Tribunal Civil de Milão e que chegou dias antes do debate que começou hoje no Tribunal Constitucional da Itália sobre a lei que outorga imunidade judicial a Berlusconi, que, segundo o jornal, deve agora, em um muito difícil momento para ele, buscar dinheiro para poder pagar a condenação pelo caso Mondadori.
“A venda do Milan já não é só uma questão de família. Agora a questão está sobre a mesa dos diretores de Fininvest”, incide “La Gazzetta dello Sport”, que afirma que no clube italiano se estudam “todas as hipótese” que os façam chegar em seguida uma “ingente liquidez”.
“E entre estas está a venda do Milan. Até agora Silvio Berlusconi sempre a descartou, mas, perante esta situação excepcional, reaparecem alguns indícios importantes sobre contatos pela venda do clube”, acrescenta.
O jornal explica que o principal candidato a ficar com a propriedade do Milan é o empresário albanês Rezart Taci, que já “mostrou disposição a comprar o clube”, embora, de modo alternativo, existe também a possibilidade que a equipe vá a parar nas mãos dos Emirados Árabes Unidos.
Segundo “La Gazzetta dello Sport”, 700 milhões de euros é o número que o Milan pede por um clube em horas baixas e de derrotas no campeonato italiano, uma quantidade de dinheiro muito próxima ao que Fininvest tem que pagar a CIR.