José Sarney, presidente do Senado, recebe mais do que o dobro permitido pela Constituição. Mensalmente, o peemedebista recebe ao menos R$ 52 mil dos cofres públicos, bem acima do teto salarial descrito pela Constituição – que estabeleceu o subsídio de ministro do Supremo Tribunal Federal (hoje de R$ 24,5 mil) como o salário máximo no país.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, além do salário de senador, de R$ 16.500, Sarney acumula duas aposentadorias no Maranhão que totalizavam o valor de R$ 35.560,98 em 2007. O governo do Estado não informou se houve reajuste.
Em maio de 2007, a Procuradoria Geral do Estado do Maranhão pediu que Sarney se manifestasse sobre o acúmulo de benefícios que recebe como ex-funcionário do Tribunal de Justiça e como ex-governador do Maranhão (1966-1970).
O senador nunca teria apresentado suas explicações. E o governo também não cortou o benefício.
Procurado, Sarney evitou comentar o assunto. “Resguardado pelo direito constitucional que tem, como qualquer brasileiro, à privacidade sobre os seus vencimentos, não vai se pronunciar a respeito” das aposentadorias que recebe, embora elas sejam pagas com recursos públicos. A informação foi repassada pela Secretaria de Imprensa da Presidência do Senado ao jornal Folha de S. Paulo.