Comentários como “a dor não tem consolo” e “Michael Jackson não morreu” resumem a série de reações de fãs e artistas incrédulos no mundo todo sobre o maior nome da história da música pop, que teve seu legado a todo tempo exaltado nesta sexta-feira.

Os fãs foram pouco a pouco às ruas, mas antes de tudo recorreram à internet para expressar aquilo que estavam sentindo. No Facebook de Michael Jackson, os seguidores rapidamente viraram amigos e até as 16h (Brasília) havia registrados cerca de um milhão de comentários.

Nas últimas 24 horas, 16% das mensagens de Twitter foram sobre Michael, em comparação com 2% sobre a atriz Farrah Fawcett, que também morreu ontem, e o Irã, segundo informou a companhia especializada em análise de audiência na internet “Nielsen Wire” à Agência Efe.

Um dos desejos dos milhões de admiradores foi lembrar o ídolo, ouvindo músicas e vendo vídeos. O YouTube, em um canal dedicado a Michael Jackson, teve videoclipes como “Thriller”, “You are not alone” e “They don’t care about us” reproduzidos até cinco milhões de vezes.

Nas ruas dos EUA, os fãs se amontoaram em maior número em dois pontos: o local em que foi confirmada a morte do cantor, o hospital da Universidade da Califórnia (UCLA), e a beira da parte da Calçada da Fama de Hollywood onde está a estrela de Michael Jackson.

Em breve será erguido um monumento nas luxuosas lojas Harrods, em Londres, segundo anunciou seu admirador confesso, o multimilionário empresário egípcio Mohamed al-Fayed.

Michael também foi lembrado hoje por museus de cera emblemáticos como o Madame Tussaud de Berlim, o Louis Tussauds de Blackpool (Inglaterra) e o de Madri, que puseram suas esculturas do ídolo na entrada de suas instalações.

Por outro lado, artistas de todos os pontos expressaram sua admiração pelo artista, definido pelo ex-beatle Paul McCartney como uma pessoa “com muito talento e uma alma sensível”. O americano Lenny Kravitz assinalou, por sua vez, que Michael “foi abençoado por Deus com uma voz angélica”.

Para a cantora e ex-modelo Carla Bruni, mulher do presidente da França, Nicola Sarkozy, Michael tinha “um talento único que reunia múltiplas facetas: autor e compositor, cantor e dançarino”. Já Laura Pausini disse que ele “revolucionou o ‘beat’, a composição e o espetáculo”.

“Michael Jackson viverá sempre em meu coração como inesquecível e eterno”, assinalou à Agência Efe a cantora Gloria Estefan.

Sobre o legado musical inquestionável de Michael, Sofia Loren apontou que o mundo perdeu “um ícone” que deixou “um tesouro com suas canções”. A atriz italiana expressou ainda seu desejo de que Michael encontre com sua morte “a paz merecida após tanto sofrimento”.

Outros também mostraram sua dívida com Michael, como o próprio Lenny Kravitz, que confessou que “se não fosse por ele, não estaria fazendo o que faz”. Para o americano, antes de morrer, Michael já tinha dado ao público “tudo o que tinha que dar”.


Homenagem onde tudo começou

Os nova-iorquinos choraram a morte de Michael Jackson, em frente ao teatro Apollo, no bairro do Harlem, palco que, no final dos anos 60, transformou o pequeno menino de 11 anos em estrela, por sua histórica atuação como vocalista do grupo Jackson Five.

“A música perdeu seu maior cantor. Sua música mudou minha vida e sinto que com Michael uma parte de mim também vai embora”, lamentou hoje T.J., um afro-americano de 32 anos, em declarações à Agência Efe, que decidiu ir ao teatro para prestar homenagens ao artista, que morreu na quinta-feira, em Los Angeles, aos 50 anos.

Luvas brancas e jaquetas vermelhas compunham o figurino de alguns dos seguidores mais devotos do intérprete de “Thriller” e “Billie Jean”, que percorriam as proximidades da mítica sala de concertos do bairro tradicionalmente negro de Nova York.

“Obrigado por todos estes anos de música. Descanse em paz”, escreveu Jason, um homem de 28 anos que, como tantos de sua idade, cresceu ouvindo o “Rei do Pop”.

Os admiradores do músico não pararam de dançar e cantar emocionados as músicas que popularizaram Michael, durante suas quatro décadas de carreira. “O que Michael conseguiu ninguém fez igual. Não só será para sempre o ‘Rei do Pop’, mas também uma lenda que não morrerá”, disse Tamra, de 21 anos, à Efe.


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