Que tal se divertir no “Suvaco de Cristo” ? Se preferir, pode ser na “Piaba de Ouro”, porque não? Outra boa opção é desfilar na “Bota no Rego” ou no “Trema na Linguiça”. Topa? Nesta época do ano, escolas de samba e blocos carnavalescos revelam nomes pra lá de curiosos no Brasil e no mundo. Pode até parecer ridículo, especialmente para quem não curte o Carnaval, mas já vale a folia só de saber que há a possibilidade de desfilar pela “D.xa Q.eu Bebo”, pelo “Balanço do Pinto”, “Cutucano Atrás”, “O negócio tá Feio e teu Nome tá no Meio”….
“É DO BRASIL”
Em Curitiba (PR), nem o clima mais ameno é capaz de espantar os fiéis foliões da “Jesus bom a beça”, uma escola de samba que tradicionalmente apresenta enredos bíblicos e fantasias comportadas. E nada de cerveja na festa. Só se for sem álcool.
Em Mongaguá, litoral paulista, além da “D.xa Q.eu Bebo”, a “Vai Q. Vira” abrilhanta os desfiles na cidade. Na capital do estado, a “Só Vou Se Você For” desfila pelo Grupo 2 da União das Escolas de Samba Paulistanas (UESP), enquanto que a “Terceira Idade Brilha” em São Bernardo do Campo.
É claro que não podia faltar uma homenagem de bebum. A “Unidos do Álcool”, em Jacareí (SP), é apenas uma das diversas agremiações que valorizam explicitamente a cerveja, cachaça, vodka…
Sem dinheiro para desfilar no ano passado, a escola de samba “Chegou o que Faltava” promete fazer bonito no carnaval 2010 de Vitória (ES). Um caminho já trilhado pelas cariocas “Cada Ano Sai Melhor” e “Independentes do Cordovil” (esta que leva o nome de um bairro da zona norte do Rio, mas dá até pra lembrar de um já falecido apresentador e ex-deputado), que há anos deixaram a avenida para ficar na lembrança.
Blocos. É mole?
“É Mole, Mas É Meu”, estampa as camisetas de um bloco carioca. O “Suvaco de Cristo”, também da Cidade Maravilhosa, é uma referência poética ao compositor Tom Jobim. Além do “Calma, Calma sua Piranha”, “Encosta que Ele Cresce”, “Parei de Beber, não de Mentir”, Se Não Quiser me dá, me Empresta”, e tantos outros. As “Virgens do Formigueiro Quente”, de Belo Horizonte (MG), dispensa comentários.
No clima de piadas prontas para o humorista José Simão, o bloco baiano “Espada Preguiçosa” encabeça a lista de curiosidades. Como se não bastasse, “Há Jacu no Pau” é um renomado bloco amazonense que rivaliza com o “Eu não dou o meu Cuati”. “Chupa, mas não morde” e “Máquina de Descascar Alho” mostram a genialidade dos maranhenses. Mas, na dúvida, “Já Que Tá Dentro, Deixa” e “Pula Corno” são blocos que, no mínimo, despertam a curiosidade dos foliões Maranhenses.
Por conta das enchentes, neste ano, a cidade de São Luiz do Paraitinga, interior de São Paulo, foi obrigada a suspender o seu tradicional Carnaval de Rua. Apesar disso, os blocos ainda existem por lá e deixaram boas recordações. Um deles é o “Lapada na Rachada”, inspirado no nome de uma bebida artesanal feita em um bairro da cidade. Histórias pra lá de curiosas são também as do “Folêgo de Gato”, “As Porcas que Fuçam” e “Os Tremendões”, fundado desde a época da Jovem Guarda, em 1967.
Around the World
Os carnavais em outros países nem sempre ocorrem na mesma época que a festa brasileira. Mas, seja como for, na lista do “carnaval pra inglês ver”, nada melhor do que começar com a “London Samba School”, “Manchester School of Samba” e “Liverpool Samba School”, esta que chegou a fazer música com enredos épicos dos Beatles.
Portugal é outro reduto de curiosos rótulos de escolas de samba como “Trepa no Coqueiro”, “Unidos do Mato Grosso” e “Bota no Rego”. Em Helsinque, na gelada Finlândia, a brincadeira acontece na “Império do Papagaio” e, na Dinamarca, a concorrência fica entre “Bafo do Mundo”, “Mariposa Samba School” e “Pocoloco”. É mole?
Tudo isso sem falar da “Unidos de Melbourne” (Austrália), “Unidos de Hamburgo” (Alemanha) e “Unidos de Miami” (Estados Unidos), pedacinhos da cultura brasileira em três importantes cidades de países desenvolvidos.
