Os números do faturamento das vendas no varejo pela Internet dão a impressão que a crise passou longe do Brasil nos primeiros seis meses de 2009. De acordo com estimativa da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net) e a e-bit, empresa de monitoramento de e-commerce, o segmento deve registrar uma alta de 25% em seu faturamento no primeiro semestre do ano.

Um dos motivos para o bom resultado no período é a chegada de duas importantes redes no segmento. Desde o início do ano, é possível fazer comprar nos site do Wal-Mart e Casas Bahia. Além disso, as operações das páginas do Ponto Frio, Extra e Magazine Luiza foram fortalecidas.

Outros fatores também contribuíram para este desempenho. Por exemplo, as possibilidades de financiamento das compras on-line foram retomadas após o auge da crise. A queda do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a linha branca ajudou o setor, que costuma ter uma política agressiva de preços. Para se ter uma idéia, as vendas do varejo físico tiveram alta de 10,3% até maio.

As projeções para o primeiro semestre do ano superaram o que era esperado pelas empresas de monitoramento. Inicialmente, a expectativa era de um faturamento bruto de R$ 4,5 bilhões, mas pode ter chegado a R$ 4,75 bilhões. “A concorrência e o ingresso de novas empresas estimularam as vendas no canal Internet”, destaca o diretor executivo camara-e.net, Gerson Rolim, em entrevista para a Agência Estado.

Para o restante do ano, o resultado pode ser ainda melhor. De acordo com um levantamento da e-bit, a intenção dos consumidores em adquirir produtos na Internet no terceiro trimestre é a maior para este período do ano desde 2006, quando o levantamento passou a ser realizado.

A facilidade para pesquisar preços é um dos motivos para a grande concorrência nas vendas pela Internet. Quando o consumidor escolhe um produto, em pouco tempo ele tem como saber qual loja tem o melhor preço e a condição de pagamento mais favorável para seu bolso. Com isso, as lojas on-line costumam ser mais agressivas em promoções do que suas unidades no “mundo real”.


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Varejo on-line registra alta de 25% no faturamento

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