A União Nacional dos Estudantes (UNE) celebrou nesta terça-feira (10) a decisão da Universidade Bandeirante (Uniban) de São Paulo de recuar sobre a expulsão da aluna Geisy Arruda, que costumava frequentar as aulas usando vestidos curtos.
Para a UNE, a readmissão da aluna se deveu às pressões feitas por estudantes em manifestações e às críticas que a universidade recebeu de organizações de defesa da mulher e de instituições governamentais.
“Era a única decisão aceitável. Foi uma vitória de todos aqueles que se indignaram, mas ainda é muito pouco perante o que ocorreu”, afirmou o presidente da UNE, Augusto Chagas, em comunicado.
“A UNE pretende continuar acompanhando o caso. Primeiro para garantir a continuidade do debate sobre o machismo em nossa sociedade e segundo para que a universidade se desculpe publicamente pelo ocorrido”, acrescenta a nota.
O caso da estudante de turismo Geisy Arruda, de 20 anos, ganhou repercussão internacional desde que, em 22 de outubro, a jovem foi ameaçada por outros alunos e precisou de escolta policial para deixar a universidade.
As centenas de alunos que a insultavam com palavras de baixo calão protestavam pelo fato de a jovem ir à universidade com um vestido curto.
Segundo a universidade, a jovem havia sido expulsa pela “flagrante falta de respeito aos princípios éticos, à dignidade acadêmica e à moralidade”.