Os clubes do Campeonato Inglês se arriscam à ruína financeira se tentarem competir com o poder aquisitivo do Manchester City, de propriedade do Abu Dhabi United Group, advertiu o secretário-geral da Uefa, David Taylor, em declarações hoje à emissora britânica “BBC-Radio Five”.
O City reforçou seu grupo durante o mercado de verão europeu com investimentos milionários, como os de Carlos Tévez, Roque Santa Cruz, Emmanuel Adebayor e Kolo Touré, por enquanto.
Segundo Taylor, tanto este clube quanto o Real Madrid – que também invetiu alto em reforços – estão colocando um precedente perigoso para outras equipes.
“Diria que, no contexto financeiro atual, é algo surpreendente, um pouco desestabilizador do mercado”, disse Taylor.
Segundo o responsável da Uefa, estas práticas “estão aumentando as quantias iniciais de dinheiro quanto aos valores dos jogadores, em relação ao mercado em geral, o que não é algo que nos faça sentir muito confortáveis nestes tempos difíceis”.
Além disso, Taylor advertiu que alguns clubes ingleses têm motivos de “grave preocupação”.
“Há vários clubes ingleses onde o valor do clube em si caiu de forma significativa, e estão de forma efetiva no mercado”, disse.
Taylor lembrou casos recentes de clubes ingleses, como o Leeds United, “que foram vítimas de graves dificuldades financeiras”.
Por isso, ele recomendou “estabelecer bases financeiras mais sólidas sobre as quais os clubes possam competir”.