A União Europeia (UE) espera que a reunião de amanhã com os Estados Unidos em Washington resulte em uma definição da posição americana sobre a mudança climática, diante da proximidade da cúpula sobre o tema que a ONU realizará em dezembro em Copenhague.
“Sem que os EUA assumam um compromisso é difícil que outros países, como a China, façam sua parte”, comentou o primeiro-ministro sueco, Fredrik Reinfeldt, em entrevista publicada na site da Presidência da UE.
“Espero ver os EUA como parte dos esforços de financiamento tanto para a mitigação quando para adaptação e também para os esforços de redução que permitam conseguir o objetivo dos dois graus centígrados”, acrescentou.
O encontro de dois dias permitirá também que EUA e UE abordem questões sobre energia, crise econômica e relações exteriores, especialmente sobre Afeganistão e Irã.
Trata-se do primeiro encontro oficial entre a UE e o presidente dos EUA, Barack Obama. “O vínculo é muito importante por razões históricas e porque somos os máximos crentes na democracia (EUA e UE)”, disse Reinfeldt, que assegurou também que é muito importante que as duas potências se mantenham unidas em questões como livre-comércio, mudança climática ou crise econômica.
Perguntado sobre Obama, o primeiro-ministro sueco assegurou que ele não só foi eleito presidente dos EUA, mas conta com o apoio internacional, ao contrário de antigos líderes americanos, o que transforma seu mandato político em um desafio e coloca muita pressão sobre seus ombros.
“Tem diante dele um mandato único (…), nem todos os presidentes dos EUA tiveram isto”, comentou.
A UE será representada no encontro, entre outros, por Reinfeldt; pelo presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso; pela comissária europeia das Relações Exteriores, Benita Ferrero-Waldner; pelo chefe da diplomacia europeia, Javier Solana; e pelo ministro sueco de Assuntos Exteriores, Carl Bildt.