O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, e o da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono, pediram nesta segunda-feira um esforço final a países desenvolvidos e em desenvolvimento para que a Cúpula das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP15), realizada em Copenhague, não seja um fracasso.

Os dois líderes ressaltaram, em entrevista coletiva conjunta, que todos os atores internacionais devem chegar ao limite de suas possibilidades se quiserem evitar que a temperatura do planeta suba mais que dois graus centígrados.

“Temos que pedir a todos que façam um esforço”, disse Barroso, e assegurou que o mundo industrializado está disposto a assumir sua responsabilidade por ter sido o principal causador da mudança climática.
“Certamente aceitamos que devemos atuar de acordo com o princípio de responsabilidade e capacidade diferenciadas”, explicou Barroso, e esclareceu que, por “uma questão moral e de justiça climática”, “os países que tiverem contribuído com o aquecimento global mais que outros também deverão agora fazer maiores esforços”.

No entanto, o presidente da Comissão Europeia ressaltou que deve ser levado em conta que “alguns países em desenvolvimento, apesar de terem um Produto Interno Bruto (PIB) per capita relativamente mais baixo que o dos Estados Unidos ou da União Europeia (UE)”, em termos absolutos, têm um impacto no clima “extremamente grande”.

“Os países desenvolvidos devem tomar a iniciativa em financiamento e os que estão em desenvolvimento devem se comprometer totalmente a definir objetivos mais concretos e planos de ação”, disse, por sua parte, Yudhoyono.

O presidente indonésio afirmou que “os países desenvolvidos devem fornecer recursos”, mas disse estar “totalmente de acordo” em que todas as ações empreendidas pelas nações em desenvolvimento devem “ser concretas e controladas para alcançar o objetivo final: a segurança de nosso planeta”.


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UE e Indonésia pedem "esforço final" contra mudança climática