Raul Seixas, o maior ícone do rock brasileiro, completaria 65 anos nesta segunda (28) se estivesse vivo.
A maior prova de que o mito de Raul continua firme e forte é que, em pleno dia de jogo do Brasil, o nome do músico chegou a ficar em segundo lugar nos Trending Topics Brasil do Twitter (a lista de assuntos mais comentados do site de microblogs).
Raul Seixas nasceu do dia 28 de junho de 1945, em Salvador, Bahia. No fim dos anos 60, formou a banda Raulzito e Seus Panteras, com quem começou sua longa carreira de sucesso. Suas grandes inspirações eram Luis Gonzaga e, principalmente, Elvis Presley.
Nos anos 70, especialmente depois do álbum Gita, Raul virou superstar nacional. O músico se tornou o símbolo maior da contracultura nacional (graças a hinos como Maluco Beleza e Sociedade Alternativa, tributo à entidade anarquista que ele e o parceiro Paulo Coelho fundaram), um Deus para a geração hippie e um incômodo para a parcela mais conservadora da sociedade brasileira.
Na mira da ditadura militar, Raul foi censurado, preso e acabou exilado nos Estados Unidos, ao lado de Paulo Coelho. Mas ninguém segurava o fenômeno Raul: em 1974, ele e Paulo já estavam de volta ao país. A partir daí, Raul teve mais hits, ganhou discos de ouro e participou de trilhas de novela.
Na década de 80, os efeitos de anos de consumo exagerado de álcool e drogas se faziam sentir. Sua carreira se tornou instável. Mesmo assim, teve um dos maiores hits de sua carreira com Plunct Plact Zum. A ironia é que a música não só era infantil como foi gravada para um programa do maior agente do “sistema”, a Rede Globo.
O maluco beleza morreu em 21 de agosto de 1989, dois dias depois de lançar o álbum A Panela do Diabo, de parada cardiorrespiratória provocada por pancreatite crônica e hipoglicemia.
Este ano, a gravadora Universal lançou a caixa 10.000 Anos À Frente, contendo seis álbuns do cantor, sendo que dois com músicas inéditas.
Veja abaixo o clipe de Gita