O Chile é um destino muito requisitado por mochileiros de todo o mundo, principalmente pelas suas belas paisagens divididas entre o mais árido e mais alto deserto do planeta, o Atacama, e florestas frias e úmidas ao sul do país. A estudante de design gráfico Isis Turriziani esteve no Chile por aproximadamente 15 dias e nos contou um pouco da viagem:

“O trajeto foi feito de carro partindo de São Paulo rumo a Ourinhos. Entrei no Paraná, passei por Londrina, Maringá, Cascavel, até chegar em Foz do Iguaçu (divisa das três fronteiras – Brasil, Paraguai e Argentina).

Neste momento entrei na Argentina onde passei por Posadas, Corrientes, La Escondida, La Verde, Pampa del Infierno, Salta e San Salvador de Juyjuy. Saindo de Juyjuy fomos rumo a São Pedro de Atacama (Chile). Para isso pegamos uma estrada inca chamada Passo Jama, que cruza os Andes (não vá pelo Passo Sico, que é muito mais complicado e com trechos de terra). A travessia é belíssima, com paisagens maravilhosas que incluem salares, vulcões, lagoas e se der sorte algumas lhamas e flamingos.

A Fronteira Argentina/Chile fica no meio do caminho, à 4320m de altitude, o que já é suficiente para sentir os efeitos do ar rarefeito, mas nada que uns analgésicos e mascar umas folhas de coca não resolvam. Não pode esquecer de beber muita, mas muita água mesmo, pois o clima é muito seco, além de ser bom para evitar mal de altitude. Ao cruzar os Andes cheguei finalmente a Atacama (no 4º dia de viagem).”

Veja algumas dicas que ela preparou:

São Pedro de Atacama
A cidade é linda, surreal, todas as casas são feitas de barro, inclusive os telhados, e as placas que indicam os estabelecimentos parecem ter sido todas feitas no mesmo lugar, o que dá um visual muito charmoso. Os arredores também são estonteantes, do centro é possível ver o mítico vulcão Licancabur.

Hospedagem
A cidade turística é repleta de hotéis e hospedagens desde as mais baratas até algumas mais luxuosas. Os preços variam em media de 13.000 a 50.000 pesos chilenos (na época a cotação estava U$1,0 para 600 pesos chilenos). Os mais baratos são os com banheiro comunitário, mas quartos individuais ou para duas pessoas. Os mais caros possuem televisão, ar, café da manha. Normalmente o mesmo estabelecimento oferece todos os tipos de quartos, dos mais baratos e preferidos pelos mochileiros, até mais caros.

Eu fiquei hospedada no hotel Corvatsch, no quarto mais barato e no mais caro, os dois são ótimos (tirando a historia do banheiro comunitário) e o hotel é uma graça. Considerando que você está no meio do deserto, água é um bem valiosíssimo e escasso, portanto cuidado com banhos demorados, pois a água da cidade acabar.
 
Compras
O centrinho da cidade proporciona inúmeras lojinhas de produtos típicos da região, inclusive artesanato em alpaca, cerâmica e bronze. Muitas roupas, gorros e coisas malucas que você nem imagina.
 
Comer
Existem diversos restaurantes que vão dos mais baratos (2.000 pesos um almoço com entrada, prato principal e sobremesa – prato do dia normalmente com três opções de escolha e bebida a parte) aos mais sofisticados, que custam em media 9.000 (Restaurante Adobe). A culinária é muito boa em ambos, o que muda é o requinte que oferecem como pratos e ambientes decorados de maneira rústica, mas muito bonita e criativa, Inimaginável para uma casa com fachada de barro! Vale a pena passar a noite no Export (bar) e tomar um Pisco Sour, ver o céu estrelado e curtir a musica típica que músicos locais tocam na rua.
 
Passear
De Atacama partem vários passeios para pontos turísticos da região. Há inúmeras agências de turismo no centrinho, basta pesquisar o melhor preço e aproveitar os passeios que custam em media 20.000 pesos. Vale a pena fazer todos, as paisagens são indescritíveis, como Vale de La Luna (cordilheiras imensas de sal), lagos salgados em que a flutuação é maior que no mar morto, desertos, desertos de sal,  vulcões… o céu está sempre azul, clima muito seco do deserto e, como era janeiro, de dia era bem quente e a noite a temperatura caia um pouco por causa do vento. Sempre usava shorts de dia casaco à noite.

E para os mais aventureiros, vale a pena pegar o tour de quatro dias para a Bolívia, que é absolutamente incrível, porém prepare-se para o perrengue! Esse custa U$150 (Pamela Tours) com tudo incluso, desde o transporte à comida e hospedagem.

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