Um tribunal do estado americano da Califórnia desconsiderou nesta terça-feira (22) retirar as acusações contra o cineasta franco polonês Roman Polanski, em prisão domiciliar na Suíça por um caso judicial que data dos anos 70.
A Corte de Apelações do 2º Distrito da Califórnia tomou unanimemente esta decisão sobre o processo judicial que Polanski tem pendente nos Estados Unidos por ter mantido relações sexuais com uma menor, um caso que seus advogados tinham pedido que fosse cancelado por uma suposta má conduta do juiz original.
O diretor fugiu para a França em 1978 para evitar ter de responder aos tribunais por ter abusado de uma menina de 13 anos durante uma sessão de fotos.
Os três juízes da corte determinaram que a decisão tomada por um magistrado californiano há um ano de pedir a extradição de Polanski segue vigente, e considera correto o termo de “foragido” da Justiça americana para qualificar o cineasta.
“Rejeitamos desprezar o caso”, disse a juíza Laurie Zelon, que também se referiu à reivindicação da defesa sobre a atitude do juiz que tratou o caso em primeira instância e que morreu.
Os advogados de Polanski sustentam que o documentário “Roman Polanski: Wanted and Desired” (2008) mostrou uma suposta falta de profissionalismo dos envolvidos no caso e gerou dúvidas sobre a validade do processo contra o diretor.
Polanski foi detido no fim de setembro após aterrisar no aeroporto de Zurique para receber um prêmio, em virtude de uma ordem de captura dos EUA, e conseguiu a liberdade condicional depois de pagar uma fiança de 4,5 milhões de francos (3 milhões de euros) estabelecida pelos juízes suíços.