(Da redação) Cientistas finlandeses realizaram um estudo com 2.214 funcionários públicos britânicos e concluiram que o excesso de trabalho pode aumentar o risco de declínio mental e até mesmo provocar demência. Eles verificaram que aqueles que trabalhavam mais de 55 horas semanais tinham menos habilidades mentais do que os que faziam horário normal.

Demência é um termo genérico que descreve a deterioração de funções como memória, linguagem, orientação e julgamento. Existem vários tipos de demência, mas o mal de Alzheimer, com dois terços dos casos, é a forma mais comum.

Ainda não se sabe a razão de o excesso de trabalho causar estes efeitos no cérebro. Mas os pesquisadores afirmam que os fatores mais importantes podem incluir o aumento de problemas do sono, depressão, estilo de vida prejudicial à saúde e o aumento do risco de doenças cardiovasculares, possivelmente ligados ao estresse.

“As desvantagens das horas extras devem ser levadas a sério”, afirmou a pesquisadora que liderou a pesquisa Marianna Virtanen, do Instituto Finlandês de Saúde Ocupacional, à BBC.

“Isto deve enviar uma mensagem aos empregadores de que insistir que as pessoas trabalhem em excesso na verdade não é bom para os negócios”, disse Cary Cooper, especialista em estresse relacionado ao trabalho da Universidade de Lancaster, na Grã-Bretanha.

“Minha preocupação é que em uma recessão as pessoas trabalhem mais. (…) As pessoas irão para o trabalho mesmo se estiverem doentes, pois querem mostrar comprometimento e garantir que não sejam os próximos funcionários demitidos”, acrescentou.

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Trabalhar demais aumenta risco de demência, diz estudo

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