O chefe da Polícia de Binghamton, Joseph Zikuski, confirmou nesta sexta-feira (03/04) que 14 pessoas morreram após serem baleadas por um homem que invadiu um centro de atendimento a imigrantes nessa cidade do estado de Nova York.
Em entrevista coletiva, Zikuski informou que entre essas vítimas poderia estar o agressor e que “ainda não se conhecem os motivos” do ataque.
O chefe policial destacou ainda que 37 pessoas foram retiradas do prédio, de onde foram recuperadas duas armas.
Zikuski contou que a recepcionista da American Civic Association foi quem alertou a Polícia do ataque.
“Foi uma das primeiras a receber os disparos. Fingiu estar morta, se arrastou para baixo da recepção e ligou para nós”, disse o chefe policial, que acrescentou que a maior parte das pessoas que estavam nesse centro no momento do ataque, que começou por volta de 11h30 (de Brasília), era imigrante.
Além disso, ressaltou que 26 pessoas que estavam no local se esconderam no quarto das caldeiras do porão do edifício, e, “dali, ouviram os disparos”.
No total, as autoridades libertaram 37 pessoas, informou o chefe da Polícia de Binghamton, que disse que outras quatro se encontram em situação grave e foram levadas a hospitais das redondezas.
Sobre o atirador, Zikuski afirmou que “poderia estar entre os mortos. Temos razões para acreditar nisso, mas ainda não estamos 100% seguros”.
O suspeito, que aparentemente cometeu suicídio, bloqueou a porta dos fundos da ONG, que presta assistência a imigrantes e refugiados em temas como assessoria familiar, pessoal ou para obter cidadania.
Apesar de a Polícia não ter revelado a identidade do suspeito, os veículos de comunicação locais, que inicialmente disseram que era de origem asiática, afirmaram que o atirador seria Jiverly Voong, de 41 ou 42 anos, nascido em Johnson City, Nova York, e que recentemente tinha sido demitido do trabalho na IBM.
Por sua vez, o governador de Nova York, David Paterson, na mesma entrevista coletiva, afirmou que, em decorrência do fato, “muita informação inexata foi produzida”.
Paterson informou que já enviou suas condolências às famílias das vítimas, que “eram pessoas que queriam fazer parte do sonho americano”, sobre o qual disse que, “apesar desta violência sem sentido, continua aí”.