No Orpheum Theatre, em um pequeno teatro construído em 1926 no centro de Los Angeles, Thom Yorke iniciou o segundo show de sua nova banda com The Eraser, faixa-título de seu único disco-solo, lançado em 2006.
Ao lado de Flea (Red Hot Chili Peppers), Nigel Godrich (produtor de longa data do Radiohead), Joey Waronker (Beck, R.E.M. e Smashing Pumpkins) e do percussionista brasileiro Mauro Refosco, a banda preparou um setlist de cerca de 90 minutos, dividido em três partes.
Na primeira delas, a banda tocou as nove faixas do álbum-solo de Yorke, na mesma ordem do disco. Muito entusiasmado, mas um pouco contido, o público precisou de um incentivo do líder do Radiohead para levantar de suas poltronas. “Vocês podem ficar sentados como se estivessem no cinema, mas espero que entrem no clima”, disse ele.
A banda estava muito entrosada e descontraída. A presença de palco do inglês foi marcante como sempre, alternando danças elétricas com momentos calmos à frente do piano. Flea garantiu muito suingue com sua pegada única e Refosco adicionou elementos brasileiros – como um berimbau em The Clock, que casou perfeitamente com a bateria de Waronker -, enquanto Nigel se dividiu entre sintetizadores, guitarra e laptop.
Na segunda parte do show, em um momento bem intimista e acústico, a banda foi dispensada e Yorke tocou sozinho três novas canções: Lotus Flower, canção escrita para sua filha, Open the Floodgates e Super Collider.
No meio do público, muitas celebridades estavam presentes, como Edward Norton, Woody Harrelson e Colin Greenwood, baixista do Radiohead, para quem Yorke dedicou Paperbag Writer, única composição do grupo tocada no show. Essa música, aliás, deu início à terceira parte do show, com a banda completa de volta ao palco.
Nesse momento, mais três novas canções foram apresentadas: Judge, Jury & Executioner, The Hollow Earth e Feeling Pulled Apart By Horses, sendo que essas duas últimas fazem parte do novo single, com edição limitada em vinil de 12 polegadas, que pode ser comprado ou baixado no site do Radiohead.