O Meme, o tal microblog do Yahoo!, foi lançado sem estardalhaço há algumas semanas. Detalhe: apenas para os brasileiros. Minto: foi para um clubinho fechado, em que poucos puderam testá-lo em primeira mão. Explico: é que toda rede social que se preze usa essa tática no começo da estratégia de marketing para chamar a atenção dos internautas, que se estapeiam por um convite. Famoso “eu tenho, você não tem”. Daí passa um certo tempo e o serviço é liberado para a galera.
Antes de isso acontecer, o Virgula conseguiu um convite para testar o Meme. Mas e aí, será que ele é realmente um concorrente de peso para o Twitter? Afinal, ele não tem limite de caracteres e também publica fotos, músicas e vídeos.
Bem, vamos à análise! Um aviso logo de cara: ele exige uma conta do Yahoo!. Chato, pois é. Mas não há escapatória, Feito isso, o primeiro passo é aquele de praxe: cadastrar-se, criar um username, uma descrição em até 100 caracteres e escolher uma foto para o perfil. E só. O que acontece depois é bem simples, pois, além de ser todo em português, o microblog tem um layout clean e intuitivo.
A exibição do perfil é idêntica ao do Twitter. As atualizações de seus contatos aparecem cronologicamente, com o material fresquinho sempre no topo da tela. As caixas em que ficam os post são maiores também, visto que elas aceitam imagens, vídeos e músicas.
Para escrever um micropost, é só entrar na aba de Texto e digitar. Escreva à vontade, já que não há limite. Para publicar uma imagem, entre na aba de Foto e escolha entre selecionar uma imagem do computador ou da própria internet (é só pegar o link dela). Fácil e rápido. Para quem quiser, há a opção de escrever uma descrição da fotografia. Mais uma vez, sem restrição de caracteres.
O mesmo pode ser feito na opção de vídeos. O Meme só aceita aqueles que estão no YouTube e basta copiar e colar o link deles. As telas dos filmetes são minimizadas. Ao clicar em “play”, elas aumentam, sem atrapalhar a navegação. É bem irônico que o Meme não aceite nada do Yahoo Videos.
ONDE EU BUSCO?
É na hora de postar músicas que as limitações do Meme ficam evidentes, pois é preciso que elam sejam de algum site músical que hospede faixas em MP3. Daí é só copiar o seu link e publicar. Fácil? Não muito. A reportagem penou para encontrar um serviço musical que o microblog aceitasse. Foi preciso garimpar mesmo. Conseguiu subir a canção? Para ouvi-la, novamente é só clicar em play.
O serviço também peca pela inexistência de uma ferramenta de buscas. Para encontrar um novo contato, é preciso vasculhar perfil por perfil. Pelo menos poderia existir algo a fim de ser sincronizado com a lista de contatos do e-mail, por exemplo. Mas a falha mais grave mesmo é que não é possível comentar o post de outra pessoa, apenas republicá-lo. Sem exagero: não dá para chamar isso de rede social.
Por enquanto, o Meme é um passatempo apenas para quem é muito fã de tecnologia e adora uma novidade. Como não há quase ninguém dentro dele (há um limite de se convidar mais três amigos), a impressão inicial é de se falar com as paredes. É claro que o serviço ainda engatinha e não teve o “lançamento oficial”. Porém, vale ficar de olho nesses problemas e corrigi-los prontamente.
