O secretário de Saúde do estado de São Paulo, Luiz Roberto Barradas, acredita que o aumento da temperatura verificado nos últimos dias deverá reduzir o número de casos de Influenza A (H1N1) gripe suína. “Aqui em São Paulo o tempo está começando a esquentar, nós achamos que isso vai ajudar a diminuir a transmissão, o número de casos e, consequentemente, o número de óbitos”, disse em entrevista após participar da inauguração do novo edifício do Hospital do Coração (HCor).
O aumento de temperatura dispensa, segundo Barradas, a necessidade de nova prorrogação das férias escolares. O recesso deveria acabar na semana passada, mas a volta às aulas foi adiada para a próxima segunda-feira (17) por causa da gripe. “Acreditamos que agora no dia 17 de agosto a situação esteja melhor, o calor já tenha chegado e que nós possamos reiniciar as aulas”, afirmou.
O secretário disse ainda que o número de mortes provocadas pela doença até o momento não supera as estimativas do governo. “O número do óbitos da doença hoje é aproximadamente aquilo que nós estávamos imaginando que aconteceria para o número de casos que estamos tendo.”
Sobre o uso do medicamento contra a gripe, Barradas ressaltou que o antiviral deve ser usado em apenas 4% dos casos. De acordo com ele, 96% das pessoas que tiverem a Influenza A (H1N1) gripe suína “têm que tratá-la como tratam a gripe comum”.
Barradas disse que o remédio antiviral está disponível somente para crianças menores de 2 anos de idade, idosos com mais de 60 anos, gestantes e pessoas com baixa imunidade. O restante dos infectados deve tomar medicamentos antigripais convencionais, repousar e ingerir bastante líquido.
O secretário informou que, no último sábado (8), São Paulo recebeu do Ministério da Saúde 15 mil kits para tratamento da doença.