A Prefeitura de São Paulo insiste em dizer que a medida teve planejamento adequado, mas técnicos da CET, da SPTrans e da própria Secretaria de Transportes admitiram que não houve mapeamento para identificar para onde iriam os ônibus fretados que foram vetados na região central e seus horários de concentração. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Um dos problemas identificados está relacionado aos bolsões. Cada fretado podia escolher um dos 14 pontos definidos pela prefeitura. A gestão Kassab imaginava que os ônibus vetados se dividiriam entre diversos bolsões. No entanto, houve acúmulo em estações como Sumaré e Imigrantes do metrô.

A prefeitura previa, por exemplo, que os ônibus que vinham da zona leste iriam desembarcar na estação Brás do metrô (linha vermelha), mas muitos motoristas optaram pelas estações da linha verde, já que a maioria dos passageiros costuma desembarcar na Paulista. A prefeitura também acreditava que os veículos chegariam no metrô entre 5h e 9h, mas a concentração foi das 7h às 8h.

Segundo o jornal, a falta de planejamento foi motivo de discussão entre integrantes da cúpula do transporte de Kassab e os tradicionais aliados do governo José Serra (PSDB). Técnicos defendiam adiar a restrição, mas a ideia foi descartada pela Prefeitura.


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Técnicos admitem que Prefeitura não mapeou rota de fretados em SP