A secretária executiva do Ministério do Meio Ambiente, Izabela Teixeira, não tem dúvidas: transparência e qualidade são normas indispensáveis para o financiamento da cadeia produtiva pecuária. As novas normas foram anunciadas ontem (22) pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o agente financiador.

Um convênio de cooperação foi assinado na ocasião e Izabela ressaltou a importância da parceria ministério-BNDES, que poderá ser ampliada para outros setores produtivos, ainda envolvidos em práticas de comércio não sustentável.

As novas regras do BNDES para a pecuária incluem desafios para órgãos estaduais. “Há metas de qualidade ambiental que o setor produtivo deverá interagir a partir disso, de maneira diferenciada, com os governos dos estados”, diz Izabela. A idéia é que essas diretrizes evoluam para um processo de certificação, que resulte em auto-controle e auto-financiamento.

O zoneamento ecológico da Amazônia, segundo Izabela, será concluído até o final deste ano. A partir daí, caberá ao ministério lidar com áreas consideradas prioritárias, os chamados polígonos estratégicos. Esse trabalho deverá mudar o perfil de desmatamento na região.

Izabela disse que a meta é atingir desmatamento ilegal zero em 2016, atuando não apenas sobre a pecuária, mas também sobre a soja, por exemplo.

O BNDES é o gestor do Fundo Amazônia, com dotação de R$ 1 bilhão em doações internacionais. O banco poderá financiar também o Fundo Clima, destinado a financiar ações do Plano de Mudanças Climáticas do Brasil, ainda em processo de revisão.


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Tansparência é indispensável para financiamento da pecuária na Amazônia, diz secretária