Mais um escândalo tomou conta das manchetes da imprensa inglesa esta semana. A diferença é que não é um político ou celebridade que está sob nos holofotes da mídia e sim, numa inusitada inversão de papéis, um tabloide. O jornal News of the World, de propriedade do magnata Rupert Murdoch, com tiragem de mais de 7 milhões de exemplares todo domingo, está sendo acusado de práticas ilegais para obter seus furos envolvendo a vida de políticos, esportistas e artistas.
As acusações são pesadas: sob vista grossa dos editores (ou com aprovação expressa mesmo), repórteres do tabloide teriam contratado serviços de detetives particulares para espionar pessoas conhecidas, grampeado de “duas a três mil linhas de telefone”, invadido caixas-postais e quebrado o sigilo de contas telefônicas e fichas médicas. A empresa dona do News of the World e também do The Sun, News International, teria também pago mais de 1 milhão de libras em acordos, ao longo dos últimos anos, para evitar a revelação destas práticas.
Entre aqueles que tiveram sua privacidade devassada pelos jornalistas do tabloide estão os atores Jude Law, Sadie Frost e Gwyneth Paltrow, a modelo Elle McPherson, o cantor George Michael, a famosa apresentadora de programa de culinária Nigella Lawson, a BBB que morreu de câncer Jade Goody, os técnicos de futebol Alan Shearer (ex-Newcastle) e Sir Alex Ferguson (Manchester United), além de diversos políticos, entre eles o prefeito de Londres, Boris Johnson.
Cresce pressão para que a Scotland Yard investigue criminalmente vários jornalistas e ex-jornalistas do News of the World. Por enquanto, a polícia especial inglesa investiga apenas o ex-editor do jornal, Clive Goodman, que foi preso em 2007 e ficou detido por quatro meses por ter grampeado os telefones celulares da família real britânica.
A editora do The Sun, Rebekah Wade, ex-News of the World, e em breve diretora-executiva do News International, de Murdoch, disse que a empresa e o tabloide irão negar no tribunal todas as acusações de que as práticas ilegais eram autorizadas e conhecidas dentro do jornal e alegar que foram iniciativa individual de alguns repórteres. Segundo ela, as acusações são uma tenativa do jornal The Guardian, que primeiro noticiou o escândalo, de iludir o público.
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