O Comitê Executivo da Confederação Africana de Futebol (CAF) voltou atrás na punição imposta à seleção do Togo e confirmou hoje oficialmente a readmissão da equipe, que por ter abandonado a Copa Africana de Nações este ano, devido um ataque terrorista na Angola, ficaria de fora das duas próximas edições.
“O Comitê Executivo, a proposta de seu Presidente, decidiu por unanimidade emitir uma anistia geral de todas as sanções vigentes, salvo daquelas impostas por assédio físico contra um árbitro ou oficial”, disse a CAF em comunicado.
A readmissão do Togo levou à revisão do calendário de jogos de classificação para a Copa Africana de Nações de 2012, na qual Togo competirá não apenas pelo título, mas também por sua classificação para a Copa do Mundo do Brasil de 2014.
“Nossa alegria é imensa após ouvir esta notícia e queremos mostrar nossa gratidão a todos aqueles que trabalharam para que Togo possa estar no campo”, disse à Agência Efe Kodjo Lanou Elitsa, diretor técnico da Federação Togolesa de Futebol.
O conflito entre Togo e a CAF surgiu em janeiro, depois que o ônibus da seleção togolesa foi baleado por um grupo separatista na província de Cabinda, em Angola, às vésperas do início da competição, deixando dois mortos e vários feridos.
Após o ataque, Togo abandonou a competição antes da estreia e a CAF decidiu negar à seleção o direito de participar das duas edições seguintes da Copa Africana de Nações.
A Federação Togolesa apresentou depois um recurso perante o Tribunal de Arbitragem Esportivo (TAS), mas durante o processo as partes decidiram se reunir com a mediação do Presidente da Fifa, Joseph Blatter, após a qual acordaram em acabar com a suspensão, oficializando hoje o convite.