O Governo Central, composto por União, Previdência Social e Banco Central, registrou superávit primário de R$ 1,43 bilhão em julho, o que significa que, pela primeira vez em três meses, houve economia de recursos para o pagamento e juros da dívida pública, de acordo com a Secretaria do Tesouro Nacional.
Ainda assim, o resultado registrado no mês passado é o pior para o período desde 2001, quando houve resultado positivo de R$ 1,18 bilhão. No mesmo mês do ano passado, o lucro do superávit primário havia sido de R$ 7,2 bilhões, o que significa que houve uma queda de 80%.
Ao contrário do que ocorre normalmente, quando os déficits são registrados apenas em dezembro, desde setembro houve prejuízo em cinco meses (novembro, dezembro, fevereiro, maio e em junho). A principal razão para a redução do superávit é a queda na arrecadação do governo federal, que chega a 7,39% no acumulado entre janeiro e julho, sem contar o aumento contínuo dos gastos públicos.
O superávit acumulado nos sete primeiros meses do ano ficou em R$ 20 bilhões, ou 1,17% do Produto Interno Bruto, forte queda ante os dados do mesmo período do ano passado (R$ 68,57 bilhões, ou 4,16% do PIB). A meta para o ano é de superávit em torno de R$ 42,7 bilhões, o equivalente a 1,4% do PIB.