O Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou nesta quarta-feira (18) por cinco votos a quatro a extradição à Itália do ex-ativista de esquerda Cesare Battisti, detido em Brasília, acusado de quatro assassinatos e, atualmente, em greve de fome.
O voto definitivo foi do presidente do STF, Gilmar Mendes, para quem os assassinatos dos quais Battisti é acusado são “crimes comuns” e não “políticos”.
A audiência sobre a extradição do italiano Cesare Battisti foi marcada por tumultos de manifestantes que pediam a libertação do ex-ativista de esquerda.
As manifestantes – quatro mulheres – iniciaram o protesto assim que o ministro Gilmar Mendes abriu a sessão e foram retiradas à força do plenário. Entre as ativistas estava a dirigente Rosa de Fonseca, do movimento Crítica Radical.
Depois do incidente, Mendes retomou o processo apresentado pela Itália, onde Battisti é condenado à prisão perpétua pelos assassinatos de quatro pessoas. A expectativa de hoje refere-se justamente ao voto do presidente da corte, único que não se pronunciou ainda.