Linda, absoluta… Não faltam adjetivos para se referir à cantora Stefhany. Termos, aliás, criados pela própria. Essa cantora paulistana de 17 anos, que se mudou para o Piauí quando criança, é cantora desde os oito. E desde o ano passado é uma febre no nordeste.


 


Mas foi em 2009, com o videoclipe de Eu Sou Stefhany – uma versão de A Thousand Miles, de Vanessa Carlton – que o sucesso chegou “a nível de” Brasil após mais de 1 milhão de acessos no YouTube. A bordo de um Cross Fox, ela conta a sua volta por cima de um namoro recém-terminado. Aproveita e mostra sua sensualidade em um maiô preto à la Beyoncé (dando tapinhas no bumbum, sua marca registrada) e num banho de espuma.


 


Com dois CDs e DVDs lançados, ela tem a carreira comandada pela mãe Nety França, que é sua empresária, compositora, estilista e tudo mais o que se pode imaginar. Foi ela quem autorizou o Virgula a bater um papo com sua filha pelo telefone, direto da cidade de Picos (PI).


 


Comendo uma rapadura, Stefhany contou sobre seu sucesso e sua agenda lotada de shows ao lado de sua banda de forró, a Leva Eu. “Todo lugar que conheço vira o meu xodó, como o meu querido Piauí. Fui à Bahia e tinha milhares de crianças me esperando em uma rádio. Os seguranças não deram conta, tiveram de chamar a polícia”, ri.


 


Essa é a Stefhany.


 


Desde quando você é cantora?
Comecei cantando aos 8 anos, era backing vocal da banda da minha mãe. Aos 12 eu fiz parte de outras bandas e conheci o Tonivan dos Teclados. Comecei a cantar com ele por muitos anos, só que ele falou que se eu gravasse um CD solo iria me tirar da banda. Eu não queria sair, fiquei desesperada, mas minha mãe me incentivou muito e continuei. Comecei a gravar meu CD e DVD aqui em Picos e fui expulsa do grupo. Meu primeiro show foi em São Paulo e me surpreendi com o público, estava lotado. Cheguei até a vender o meu DVD no Ceasa!


 


Quando aconteceu o sucesso?
A gente estava em Brasília e o pirateiro aqui de Picos ligou para a minha mãe dizendo que era para a gente voltar, que em três meses eu já tinha vendido 13 mil cópias!


 


Pirateiro?
É… Vocês falam camelô, né? (risos) Minha mãe tinha dado o DVD para ele vender pela cidade.


 


E como surgiram os vídeos no YouTube?
Fiz esses clipes de minhas músicas pro povão assistir em casa, no DVD. Nem sabia o que era internet! Um fã que comprou o DVD pôs o vídeo no YouTube, eu não tive a intenção. A música Eu Sou Stefhany estava lá no meu segundo DVD, que foi lançado há 5 meses.


 


Onde você ouviu pela primeira vez A Thousand Miles?
Foi uma música que eu escutei no filme As Branquelas. Não conseguia esquecer da cabeça aquele toque de piano (faz o barulhinho). Procurei o CD dela em tudo o que é canto e só fui achar um tempão depois numa lojinha.


 


Você teve de pagar algo para Vanessa, após fazer a versão?
Não pagamos! Ué, todo cantor hoje faz versão! É outra letra, só a melodia é a mesma. Não pagamos nada não! Tem um monte de gente me criticando por fazer versões e tal, mas um monte de gente famosa só faz versão e ninguém fala nada.


 


Por que você escolheu o Cross Fox? Muitos acreditam que foi uma publicidade da Volkswagen!
Não, não teve nada a ver não. Um dia eu vi um Cross Fox amarelo na rua e gostei muito. Eu sonhava com esse carro, falava o tempo todo dele para a minha mãe. Na mesma época eu também tava chorando muito pelo o meu ex-namorado. Eu tive um sonho assim, eu ficava esperando que ele voltasse e eu tinha um Cross Fox… Daí minha mãe dizia: “Stefhany, você é linda, absoluta!”. Ela fez a música baseada em meu sonho.


 


Como foi dividir o palco com a Preta Gil?
Foi muito legal, adorei a Preta!, Achei que ela era metida, mas foi uma experiência incrível. Vi um monte de atrizes e atores que só conhecia pela TV e eles estavam gritando o meu nome! Ela me apresentou a Carolina Dieckmann! (empolgada)


 


E qual foi sua reação ao ver a Claudia Leitte cantando Eu Sou Stefhany?
Me avisaram antes de eu começar um show! Alguém me disse que viu na internet e eu fiquei gritando: “A absoluta tá cantando a minha música!”


 


Na semana passada você esteve em São Paulo, em um evento de cultura digital. O que você acha de fazer tanto sucesso entre os intenautas?
Nunca tinha feito entrevista coletiva, fiquei muuuito nervosa. Acho que é muito interessante para a minha carreira ter esse público de internet. Para mim é um público diferente.


 


Por quê?
Ah, não sei… É um povo que tem uma opinião importante. De internet eu não manjo muito, nem sei o que é esse tal Twitter que falam tanto. (risos)


 


Falando em internet, qual a sua opinião sobre quem não compra o seu CD, mas o baixa de graça?
Eu agradeço a quem baixa. Não importa se a pessoa compra ou baixa. Se ela está fazendo um dos dois é porque gosta de mim.


 


E você faz downloads de músicas?
Baixo, escuto. Uma empresa de informática me deu um notebook e agora uso bastante.


 


O que mais você ganhou após o sucesso?
Hoje eu ganhei umas roupas da Mistura Fina Modas, que é aqui de Picos.


 


Não ganhou um certo carro amarelo?
Não! (risos)


 


Aliás, como você dirigiu o automóvel no clipe, se é menor de idade?
Eu aprendi a dirigir no interior, nunca andei em cidade grande. (No clipe) Era eu mesmo dirigindo, nem tinha medo de um guarda me parar não. (risos)


 


E qual será a primeira coisa que você fará ao completar 18 anos agora em outubro?
Dirigir o meu Cross Fox amarelo, que eu comprarei ou ganharei (risos). Quero sair andando pela rua gritando “Agora eu posso dirigir, agora eu posso!”


Veja Stefhany em ação no TVirgula.


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Stefhany: "Não manjo nada de internet, nem sei o que é esse tal de Twitter"

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