Na recente ofensiva militar na Faixa de Gaza, os soldados israelenses mataram civis que não representavam ameaça à segurança das tropas e intencionalmente destruíram propriedades palestinas, afirma nesta quinta-feira (19) o jornal “Ha’aretz”.
O diário antecipa trechos de conversas com militares que lutaram durante a operação em Gaza realizada entre 27 de dezembro e 18 de janeiro, e que dão conta de casos nos quais morreram civis palestinos que não representavam ameaça alguma à segurança das tropas israelenses.
Nessa ofensiva, cerca de 1,4 mil palestinos morreram e mais de 5 mil ficaram feridos, segundo dados do Ministério da Saúde em Gaza, sob o controle de movimento islâmico Hamas.
As revelações dos militares, que serão publicadas pelo jornal neste fim de semana, incluem a descrição de um líder de um pelotão de infantaria sobre um incidente. Segundo o militar, um atirador de elite disparou por engano contra uma mulher palestina e seus dois filhos.
“O atirador viu a mulher e os dois filhos se aproximando dele além das linhas que ninguém devia atravessar. Atirou. Em qualquer caso, o que aconteceu é que os matou”, disse o militar.