Como vocês já sabem, toda sexta-feira é dia de Sete Perguntas aqui no Virgula Música, sempre trazendo uma personalidade da internet para falar de música e de assuntos que abordam sua área. Nossa entrevistada da vez é Elaine Santos, conhecida por todos como Lalai.
Formada em educação física, a publicitária de profissão e sócia da agência Remix Social Ideas, também é DJ e uma experiente promotora de festas em São Paulo, entre elas as “bombadas” Crew e PostiT, baladas que são sucesso de crítica e público na noite paulistana.
Através do seu influente perfil no Twitter, @Laiai divulga eventos e dá dicas super legais aos seus seguidores. Seu blog, Lalai Loaded, também é indicado para quem quer conhecer sobre cultura pop em geral.
Mesmo com a agenda apertada, Lalai respondeu nossas sete perguntas. Veja abaixo:
1. Como era a Lalai antes, e quem é a Lalai hoje “depois” do Twitter?
A Lalai nasceu no blog “Cantinho da Lalai“, em 2001. Acho que foi aí que começou a existir, pois até então eu era a Elaine. Quando o Twitter surgiu, eu já tinha passado a existir no mundo como Lalai, mas claro, o Twitter me deu um espaço maior para compartilhar minhas ideias, bobagens e interesses. Acho ainda que o maior fenomeno com o meu perfil na plataforma, foi o acidente da Air France, em que todos pensaram que eu estava no vôo que tinha caído. Nesse dai ganhei 3.000 seguidores, o que eu acho assustador, pois passaram a me seguir com a hipótese que eu tinha morrido.
2. Se pudesse produzir um “Lalai Fest”, quais bandas e DJs você traria para o evento?
Nossa, várias e seria uma mistureba!!! Sem qualquer organização, mas banda que vi e valem a pena ver de novo, além de algumas que estão na listinha e preciso ver logo antes que elas desapareçam: Fever Ray, Royksopp, Nine Inch Nails, Radiohead, Rage Against the Machine, Queens Of The Stone Age, Pixies, David Bowie, The Xx, Florence and the Machine, Gossip, Erol Alkan, Armand Van Helden, LCD Soundsystem, Chemical Brothers, uma lista nacional bem grande, etc, etc, etc…
3. Como promotora de festas, você tem um “convidado dos sonhos”?
Acho que já consegui levar alguns artistas como convidados, não para tocarem. Adoraria ter a Beth Ditto e a Peaches na minha pista.
4. Cite 3 músicas que salvam o DJ de um público “travado”.
Hahahaha, tem várias e cada DJ tem a sua coleção. Eu adoro apelar aos pesados (que muitos não aguentam mais), que se a pista estiver dispersa, soltei o primeiro segundo, ela lota: Killing in the Name (Rage Against the Machine); Hey Boys Hey Girls (Chemical Brothers) e Smells Like Teen Spirit, do Nirvana. Claro que se a pista for beeem pop, aí eu apelo direta para as divas. Aprendi tudo com a festa PostiT.
5. Qual foi a melhor festa que você já foi na sua vida?
Difícil, viu? Acho que tive várias festas incríveis, em que eu saí dizendo “essa foi a melhor festa da minha vida”. E muita coisa conta, né? Nem sempre é só o line-up, mas a vibe, os amigos, a nossa própria disposição no dia. Entre as que marcaram, não posso excluir a Rock and All, que eu fazia com o Mixhell, e tivemos um DJ Set do Soulwax, que foi o primeiro que eles fizeram no Brasil. Era uma segunda-feira comum, o clube lotou e teve um dos públicos mais interessantes que eu já tive em uma festa. A outra foi a Crew, em setembro de 2008, com o Sany Pitbull. A festa foi foda e ainda conheci o Ola, meu namorado, com quem estou desde então. O Carnewrave, da Crew, com o Larry Tee há 3 anos foi matadora e ainda quebrei o pé para marcar para a sempre. Enfim, tem uma lista imensa.
6. Você e a CREW tocaram no último Big Brother Brasil. Como foi a experiência?
Surreal. Senti-me parte da casa e totalmente distante do mundo. Como dizemos “foi a festa que tivemos o menor público e o maior público ao mesmo tempo”. Estar num lugar que é o mais comentado no país, mesmo dividindo bastante a opinião, é uma sensação “faz de conta”. Sei lá, eu sou meio caipira mesmo, não tem jeito. Se quiserem nos convidar, a gente vai de novo.
7. Para finalizar, o que um DJ NUNCA deve fazer na pista?
Tocar por tocar. Não funciona e o público percebe. Outro erro é não sentir o que o público quer. Sair com um set preparado e tocar ele exatamente como previsto, nem sempre dá certo. Tem que ter sempre coringas no case. E matar uma pista é a pior sensação que existe.