Mais um escândalo descoberto esta semana mancha a já desgastada imagem do Senado brasileiro. Depois da farra das horas extras remuneradas obrigar a casa a colocar um sistema de ponto eletrônico, apenas um semana depois foi descoberto que cinco servidores fraudavam as folhas de horas extras. Eles registravam o ponto a partir dos computadores de suas casas.
De acordo com informações do jornal Estadão, o boletim administrativo pubicado nesta quinta-feira mostra que Cecília Rodrigues Torres e Rafael Aun Ming trabalham no gabinete do senador José Nery (PSOL-PA); Daniel Agostinho dos Reis Júnior trabalha na Secretaria Especial de Informática (Prodasen); os locais de trabalho de dois dos envolvidos, Gustavo Henrique Fidelis Taglialegna e Paulo Springer de Freitas, não constam no boletim.
O pior é que, se depender dos próprios senadores, parece que a fraude não vai ser punida de forma exemplar. Em declarações para a imprensa, o senador Heráclito Fortes (DEM-PI), primeiro-secretário do Senado, apesar de criticar o ocorrido, considera que o ambiente está contaminado pela prática, que avalia como comum no serviço público brasileiro. Ainda assim, infelizmente considera que apenas uma suspensão seria suficiente para os envolvidos.