A bancada do Democratas (DEM) no Senado reúne-se ao meio-dia para tentar levar uma posição consensual à reunião da Executiva Nacional sobre as denúncias de corrupção envolvendo o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda. O DEM está dividido entre parlamentares que defendem a expulsão sumária do governador e outros que defendem a abertura de um processo disciplinar para dar à Arruda tempo para se defender.
A tese de abertura de um processo, com tramitação rápida, é defendida, por exemplo, pelo senador Antonio Carlos Júnior (BA). “Vamos conversar para tentar um consenso na Executiva Nacional. Não sei se terá posição única na bancada.”
Para o parlamentar, a reunião de parte da Executiva com José Roberto Arruda, na segunda-feira (30), não serviu para que o governador se defendesse. “Ele apenas apresentou sua versão. A reunião não permitiu a ele se defender”, afirmou o parlamentar. O senador destacou que, dificilmente, a bancada chegará a um consenso sobre o assunto transferindo a decisão à Executiva.
Maior aliado do DEM, o PSDB também vai reunir nesta terça-feira (1º) a Executiva Nacional para avaliar o apoio do partido ao governo Arruda. Na segunda, o presidente da legenda tucana, Sérgio Guerra (PE), afirmou que o partido vai determinar a saída do governo aos secretários de Obras, Márcio Machado, e o de Governo, José Humberto Pires. O secretário de Obras também preside o Diretório Regional do PSDB.
“O partido tem que ter uma decisão ágil e rigorosa. Não podemos prejulgar ninguém nem ter um discurso e na prática fazer outra coisa”, defendeu o vice-líder tucano no Senado, Álvaro Dias (PR). A reunião da Executiva Nacional está agendada para às 14 horas, na liderança do PSDB no Senado.