Jogadores e membros da comissão técnica da Colômbia acusaram o árbitro chileno Pablo Pozo de racismo durante o jogo contra a Venezuela, em Puerto Ordaz, pelas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2010. O jogo terminou com a vitória dos venezuelanos por 2 a 0.
Após a partida, o médico da seleção, Héctor Fabio Cruz, disse que testemunhou “afirmações racistas” do árbitro no momento em que atendia o meia Abel Aguilar, que seria expulso em seguida.
“Quando o árbitro foi expulsar Aguilar, Pozo gritava de forma histérica: ‘tirem esse negro, tirem esse negro’. Mario Yepes (capitão colombiano) reclamou na hora e disse: ‘por que nos trata assim? Respeite-nos'”, disse o médico em seu retorno a Bogotá. Aguilar, por sua vez, disse que houve um caso de “abuso de autoridade” do árbitro.
“Pozo usou palavras inadequadas, isto não pode acontecer. Não importa a rivalidade ou qualquer outra coisa, são coisas que não podem acontecer”, disse. O atacante Carlos Quintero foi outro que reclamou do juiz: “Ele nos chamou de negros”.
O presidente da federação colombiana, Luis Bedoya, disse que poderá apresentar um protesto junto à Confederação Sul-Americana de Futebol (CSF) pelas arbitragens de Pozo e do equatoriano Alfredo Intriago, que trabalho na vitória de 2 a 0 da Colômbia sobre a Bolívia.
Sobre Intriago, as reclamações ficaram por conta da aplicação “suspeita” de cartões amarelos a jogadores pendurados. Entre eles, estava o lateral-esquerdo Pablo Armero, do Palmeiras.