O scanner corporal destinado a melhorar a segurança aérea, e que há mais de um ano está sendo testado pela Polícia alemã, abriu um novo debate na Alemanha e gerou opiniões divergentes dentro do Governo.


 


A imprensa alemã divulga hoje as impressões de vários membros do Gabinete da chanceler Angela Merkel, que expressam opiniões diferentes sobre esse sistema, depois do aumento do controle dos passageiros com destino aos EUA, após um atentado frustrado a bordo de um voo entre Amsterdã e Detroit.


 


Em relação ao debate surgido em torno do scanner, que permite ver implantes, próteses e genitais, o ministro do Interior alemão, Thomas de Maizière, afirma que estão sendo desenvolvidas tecnologias que permitem ver o corpo de forma “menos clara”.


 


Em uma entrevista ao “Süddeutsche Zeitung”, o ministro defende o uso do scanner com respeito aos direitos pessoais dos passageiros, e argumenta, como vantagem, que um rastreamento mais exaustivo tornaria desnecessários as revistas dos passageiros.


 


O uso do scanner corporal recebeu o apoio da União Democrata-Cristã (CDU) de Merkel e de grande parte de seus aliados de coalizão, os liberais do FDP, mas provocou a rejeição dos partidos da oposição.


 


Apesar do apoio do FDP à iniciativa, alguns membros do partido expressaram seu receio a respeito da tecnologia, entre eles a ministra da Justiça, Sabine Leutheusser-Schnarrenberger, que afirma que o scanner corporal viola a “dignidade humana”.


 


Os testes com o scanner corporal acontecem na Alemanha a portas fechadas, em dependências policiais de Lübeck (norte do país).


 


A União Europeia (UE) não autorizou, por enquanto, a instalação desses aparelhos de maneira generalizada nos aeroportos, devido à oposição manifestada pelo Parlamento Europeu, em outubro de 2008, à implantação.


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Scanner corporal para segurança área gera divisão na Alemanha