Os servidores da presidência do Senado que receberam horas extras durante o recesso parlamentar terão de devolver o dinheiro aos cofres públicos. A determinação foi dada hoje pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), nesta quarta-feira (11/03).
Para ele, os outros funcionários do Senado que receberam o benefício também deveriam devolver o dinheiro como forma de impedir impactos negativos na imagem da instituição.
“Mandei que fosse estornado da folha de pagamento o que os funcionários do meu gabinete receberam. Nós devemos tomar medidas que sejam efetivas e até mesmo radicais. Não quero dar conselho a ninguém, mas acho que seria a melhor maneira de erguer a imagem do Senado. Seria uma boa solução para todos nós”, disse.
Para evitar mal-estar e desgaste com pagamentos irregulares do benefício, Sarney determinou que os chefes de gabinete de todos os 81 senadores estabeleçam uma lista dos funcionários que possam receber horas extras de acordo com “a dinâmica do trabalho” que vierem a exercer.
O Senado gastou mais de R$ 6 milhões com o pagamento de horas extras a 3,8 mil funcionários em janeiro, período de recesso parlamentar, quando não são realizadas sessões, reuniões ou votações de matérias. O pagamento foi autorizado pelo então 1º secretário do Senado, Efraim Morais (DEM-PB), três dias antes de deixar o cargo.