O presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a chanceler alemã, Angela Merkel, formalizaram hoje sua posição para as negociações internacionais sobre a mudança climática e destacaram que medidas contra os países que ficarem à margem do compromisso devem ser estabelecidas.
Em carta comum dirigida ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, Sarkozy e Merkel advertiram que não seria aceitável que os esforços dos países mais ambiciosos, para enfrentar a mudança climática, se vejam comprometidos pelas emissões de dióxido de carbono (CO2) que resultassem da ausência ou da insuficiência de ação de alguns.
“Por isso, deve ser possível aplicar medidas de ajuste apropriadas para os países que não respeitem esse acordo (internacional) ou que não sejam parte dele”, acrescentaram.
Também insistiram em que será preciso uma nova arquitetura institucional e a emergência de um direito internacional do meio ambiente para que os compromissos se tornem realidade.
Os dois líderes lembraram quais, segundo sua opinião, devem ser “as grandes linhas” do compromisso da Conferência sobre Mudança Climática das Nações Unidas em Copenhague.
A primeira é o objetivo global de limitar o aquecimento climático no mundo a dois graus centígrados em relação à era pré-industrial, o que exigirá “compromissos restritivos e ambiciosos dos países desenvolvidos”, concretamente uma redução de suas emissões de CO2 de pelo menos 80% daqui até 2050.
Simultaneamente, os países emergentes devem “reduzir o crescimento de suas emissões em relação ao nível atual” com um calendário, para o qual antes de 2012 devem tornar públicos seus planos