As coisas realmente não andam nada bem para Guerra ao Terror. Depois do vexame do produtor que pediu votos e foi banido da cerimônia do Oscar, o filme agora enfrenta sua segunda…er…bomba: um processo judicial.
Jeffrey S. Sarver, um sargento do estado de Michigan, diz que a história do personagem principal é claramente a sua, mas que em nenhum momento os responsáveis pelo filme assumiram isso. Pior: eles dizem que a obra é totalmente ficção.
E a acusação de Sarver não soa tão sem fundamento, considerando que o roteirista do filme, Mark Boal, realmente o conhece. E já escreveu até um artigo sobre o militar, publicado pela revista Playboy, depois de ter sido autorizado a acompanhar algumas de suas missões.
Segundo o advogado de Sarver, Geoffrey Fieger, todas as histórias do personagem são reproduções de fatos reais, vivenciados por seu cliente no Iraque, e o filme usa até o codinome pelo qual ele era conhecido: Blaster One. Aliás, a coisa vai ainda mais longe. Até o nome original do filme (The Hurt Locker) teria vindo de uma frase dita por Sarver a Boal.
No processo, Fieger alega que Sarver só ficou sabendo que sua história havia sido levada para o cinema quando o filme foi lançado, e que o roteirista e os realizadores de Guerra ao Terror não ofereceram qualquer participação financeira a um homem que repetidamente arriscou sua vida por seu país.
Resta saber se a história, revelada a poucos dias do Oscar, que acontece no próximo domingo, vai prejudicar as chances do filme, considerado o favorito à categoria principal.
Seja como for, a diretora Kathryn Bigelow já deve estar fazendo sua listinha de pessoas com quem não trabalhar no futuro.