Os paulistanos que jogam lixo nas ruas da cidade são responsáveis por mais de um terço da poluição dos rios Pinheiro e Tiête. Todos os dias, 4 mil funcionários fazem a limpeza de 6 mil quilômetros de vias na capital paulista e recolhem a impressionante marca de 300 toneladas de lixo apenas varrendo ruas, avenidas e calçadas. Infelizmente, boa parte dessa sujeira, como latinhas, potes de plástico e até fraldas descartáveis, acaba nos rios.
E os problemas não param por aí. Assim como uma grande parte das pessoas em São Paulo parece não estar preocupada com a sujeira, prefeitos de várias cidades também não estão fazendo sua parte. A cidade de Ilha Comprida, por exemplo, que fica no litoral sul do estado, teve a pior nota na avaliação de aterros sanitários feitos pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb). Entre os 645 municípios do estado, 53 tiveram seus aterros considerados inadequados. Lixão perto de áreas de preservação permanente, falta de cuidado com dejetos, que ficam em terrenos abertos, foram apenas alguns dos problemas.